Covid-19: o que se sabe dos efeitos colaterais das vacinas

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Na pandemia de covid-19, aproximadamente 1 a cada 850 residentes do Brasil morreram de doenças respiratórias graves, um dado 20 vezes mais do que no ano anterior. Esta é uma ameaça conhecida, por isso todos os medicamentos e vacinas de risco devem ser analisados.

Até agora, duas pessoas no Reino Unido demonstraram reações alérgicas à vacina contra o coronavírus após tomar a vacina Pfizer/BioNTech. Ambos são funcionários do NHS (UK SUS) e possuem histórico de alergias graves, assim já carregavam consigo canetas de adrenalina.

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Mas as expectativas são mais favoráveis, já que, conforme Peter Openshaw, especialista em imunologia do Imperial College London, a descoberta precoce dessas duas reações alérgicas e a emissão pelo órgão regulador de veto à vacina para pessoas com alergias graves mostra o bom funcionamento do sistema de monitoramento.

Covid-19: o que se sabe dos efeitos colaterais das vacinas
Fonte: (Reprodução/Internet)

O grau de segurança das vacinas contra a covid-19 

Segundo pesquisadores britânicos, de fato há uma diferença entre uma vacina ser segura e não oferecer nenhum risco. Qualquer medicamento oferece riscos à saúde, podendo eles serem seguros ou não. Isso porque todo medicamento ou vacina eficaz acarreta efeitos indesejados. 

Nesse sentido, para os especialistas da área, um medicamento ou vacina “seguros” são aqueles em que o peso dos efeitos adversos em comparação com o benefício é efetivamente a favor do benefício, conforme esclareceu o professor da London School of Hygiene & Tropical Medicine, Stephen Evans.

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Um exemplo disso é o tratamento de quimioterapia, que possui uma lista enorme de efeitos danosos ao corpo ou o próprio Ibuprofeno. Este último, inclusive, muitas pessoas tomam o analgésico sem saber que pode causar sangramentos, formar buracos no estômago e nos intestinos, além de dificuldade para respirar e danos aos rins.

Um breve relatório da vacina Pfizer/BioNTech

Os dados da vacina são promissores. A  Pfizer/BioNTech reduz os casos de covid em cerca de 95% das pessoas imunizadas, mas tem efeitos colaterais muito comuns, como dor no local da injeção, calafrios, dor de cabeça e dores musculares. Isso pode afetar uma em cada dez pessoas.

“A vacina de RNA (Pfizer/BioNTech) já foi testada em mais de 70 mil pessoas. Os efeitos adversos mais sérios observados são dor moderada/intensa no local de aplicação e febre. (…) até o momento, não há nenhuma indicação que as vacinas de mRNA não sejam seguras”, afirmou a vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas Denise Garrett.

Um breve relatório da vacina ChAdOx1 nCoV-19

A respeito da vacina desenvolvida pela Oxford University e AstraZeneca Pharmaceuticals, o seu uso ChAdOx1 nCoV-19 não causou eventos adversos raros ou mortes. Dos 175 eventos graves ocorridos durante o estudo, apenas dois foram inicialmente relacionados ao imunizante.

Um deles, inclusive, fez o estudo parar em setembro, até que o comitê independente avaliasse a relação causal entre a vacina e a reação adversa. Poucos dias depois, a Anvisa autorizou a retomada das pesquisas no Brasil, porque se concluiu que a relação entre os benefícios e os riscos ainda são favoráveis.

O outro caso foi de um paciente que apresentou febre superior a 40ºC após receber a primeira dose, mas não apresentou os mesmos sintomas na segunda. Além disso, ainda não se sabe se o paciente pertence ao grupo que recebeu a vacina real ou ao grupo que recebeu a dose de placebo (teste de eficácia e segurança).

 

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