Depois de doze meses do primeiro surto de Covid-19 na China, o Reino Unido começa a vacinação em massa nesta terça-feira (08). As primeiras pessoas que serão vacinadas fazem parte do grupo de prioridade, como idosos e profissionais da saúde.
O primeiro dia de vacinação está sendo chamado de “V-Day”, um apelido que alude ao dia da vitória (Victory Day) contra os nazistas da Segunda Guerra Mundial. No entanto, os britânicos estão chamando de Vaccine Day (Dia da Vacina).
As doses da vacina produzidas pela Pfizer/BioNTech serão distribuídas em cerca de 70 hospitais do Reino Unido. Nesta terça-feira (08), uma idosa britânica foi a primeira mulher do mundo que tomou a vacina da Pfizer.
Estima-se que 4 milhões de doses sejam liberados até o final do ano
O programa tem o objetivo de proteger os mais vulneráveis e os mais expostos ao vírus. Hari Shukla, 87 anos, disse que está encantado por estar fazendo a parte dele, ao ser imunizado nesta terça-feira.
O Reino Unido é o primeiro país que realizará a imunização em massa com a vacina da Pfizer/BioNTech. No entanto, a vacinação no país britânico não será obrigatória.
Os cientistas que administram a vacina serão os primeiro a receber o imunizante na Escócia, enquanto os profissionais de saúde serão os primeiros no País de Gales e na Irlanda do Norte.
Estima-se que o governo disponibilizará 4 milhões de doses até o final deste ano, em um ritmo mais lento por conta da fabricação em massa dos imunizantes. Porém, antigamente, a meta era 10 milhões de imunizados ainda neste ano.
Armazenamento da vacina é um obstáculo para a vacinação em asilos
Os containers com o imunizante da Pfizer/BioNTech, que precisam ser armazenados em temperaturas abaixo de -70ºC, chegaram no Reino Unido nos últimos dias. Os equipamentos estão vindo da Bélgica, onde são fabricados.
A logística está sendo um fator meio complicado desde o início do processo, já que cada lote de vacina contém 975 doses e não podem ser divididas em lotes menores. Com isso, foi formado um obstáculo entre a imunização e os idosos que vivem em asilos.
No entanto, o Sistema Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês), um tipo de SUS britânico, aguarda a resposta do órgão responsável pela vacina para desenvolver caminhos para superar o obstáculo de logística.
Não se sabe se o tempo de imunidade que a vacina pode trazer
A vacina está sendo dividida em duas etapas, com 21 dias de intervalo entre elas, sendo que a segunda dose serve como um reforço. A imunidade começa a se manifestar logo após a primeira dose, mas seu efeito total acontece em 7 dias.
Os efeitos colaterais que estão sendo reportados são leves, semelhante aos efeitos colaterais de qualquer outra vacina, como dor no braço, sono e febre, mas só duram um dia. Até então, nenhum tipo de sintoma grave foi reportado.
De acordo com os estudos da Pfizer/BioNTech, a vacina se mostrou 95% eficaz a todos os grupos etários nos ensaios, incluindo idosos. No entanto, ainda não se sabe quanto tempo a imunidade dura.
