ONU denuncia impacto pandêmico “devastador” no Brasil

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Michelle Bachelet, a alta comissária para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), discorreu sobre o assunto que está em alta, a pandemia de coronavírus no Brasil. A declaração da representante aconteceu nesta quarta-feira (09).

Durante seu discurso, a alta comissária solicitou que os governantes se preocupem em ouvir mais atentamente a ciência para aderir à uma melhor gestão à crise sanitária. Apesar de este ser um conselho para todos os países, essa mensagem foi especialmente direcionada ao Brasil.

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Isso porque, desde o início do ano de 2020, quando o vírus Sars-CoV-2 chegou ao país, foi observado, pelos funcionários da ONU, um impacto desproporcional em grupos vulneráveis. Dentre eles, em especial, as minorias da atual sociedade brasileira.

ONU denuncia impacto pandêmico "devastador" no Brasil
Fonte: (Reprodução/Internet)

Atuação contra o vírus foi retardada

Segundo a alta comissária Bachelet, o grande problema é que muitos governos não tiveram uma atuação rápida na contenção da propagação da Covid-19, enquanto outros governos se negaram a acreditar ou a levar a pandemia do coronavírus a sério, sem citar diretamente o nome do presidente Jair Bolsonaro

“A Covid-19 teve um impacto devastador no Brasil em especial. Vimos um impacto desproporcional em grupos vulneráveis como as pessoas que vivem em situação de pobreza, nos afrodescendentes, nos indígenas, entre os LGBTs e pessoas privadas de liberdade”, relatou Bachelet.

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Para Bachelet é “devastador” o negaciosismo do coronavírus

Segundo os dados da ONU, todos os países onde os governos negaram ou ainda negam a existência do novo coronavírus, mesmo com as evidências científicas gerou e vem gerando um efeito devastador. esse é o caso do Brasil, mas também de outros países.

Bachelet, em seu discurso, ainda destacou o quanto é terrível essa negação por parte dos líderes, pois são eles quem deveriam dar exemplo, guiando seu povo pelo melhor caminho. Michelle assemelhou a experiência do continente africano com a situação da América Latina, que hoje conta com uma das maiores taxas de mortalidade no mundo. 

Para ela na África onde há casos em que recursos estão ausentes, sobretudo quando diversos países passaram pela crise do ébola, uma comunidade esteve organizada e soube responder bem a situação, ocorrendo assim menos infectados e consequentemente menos óbitos.   

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