Witzel é afastado do governo – Entenda a decisão do STF

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Na última sexta-feira (28), sob decisão do ministro Benedito Gonçalves, Wilson Witzel, foi afastado do cargo de governador do Rio por 180 dias. A decisão teve como base o pedido da Procuradoria-Geral da Repúblico sobre um esquema de corrupção no comando de Witzel.

A PGR afirmou que o governador do Rio de Janeiro comandava uma organização criminosa que falsificou contratos emergenciais de saúde para conseguir desviar recursos públicos. Os pagamentos eram direcionados para o escritório da segunda-dama, Helena Witzel.

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Essa estratégica era uma forma de ocultar a propina do marido. Com isso, a PGR acabou por pedir a prisão de Witzel, a qual foi concedida pelo Supremo Tribunal de Justiça com um afastamento de 6 meses do cargo de governador, foram 14 votos a favor e um contra.

Witzel é afastado do governo- Entenda a decisão do STF
Fonte: (Reprodução/Internet)

A tomada inicial de Benedito Gonçalves

Foi a partir da iniciativa individual de afastar Wilson Witzel, que o ministro Benedito Gonçalves conseguiu a aprovação do restante da corte especial do STJ. Benedito foi relator das investigações sobre os desvios de verbas da Saúde do Rio, e foi o primeiro a votar na corte.

Segundo o ministro, o afastamento já é suficiente impedir o comando de Witzel na organização criminosa, assim, ele não teria poder para liberar recursos e contratações fraudulentas.

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Benedito Gonçalves destacou já havia encaminhado o seu voto aos ministros do colegiado, ressaltando sua determinação em afastar Wilson Witzel por 180 dias, acreditando que essa medida seria mais viável do que admitir o mandato de prisão feita pela PGR.

A defesa de Witzel

Apesar da comprovação das atividades ilícitas comandadas pelo governador na operação de busca e apreensão, a defesa de Witzel recorreu um pedido de adiamento da sessão da corte especial, que realizaria a votação de confirmar o afastamento, mas ela foi negada.

Em uma rede social, o governador disse respeitar a decisão do STJ diante dos agravamentos dos fatos apresentados, mas afirmou que jamais havia cometido ações ilícitas em seu mandato, e que também não recebeu monetização desviada dos cofres públicos.

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