O governo de San Marino, um território independente no norte da Itália, pretende analisar proposta que torne obrigatório que pessoas que se recusarem a tomar a vacina contra o coronavírus arquem com os custos do próprio tratamento, caso sejam contaminadas pelo vírus.
A minuta foi apresentada pelo secretário de Estado da Saúde e Previdência Social (equivalente ao ministro da saúde) Roberto Ciavatt. A proposta, nesse momento, está sendo analisada pelo Congresso do Estado, órgão executivo do país.
San Marino é a capital da República de mesmo nome, um pequeno país independente rodeado por terras italianas. A cidade está localizada no topo da colina Titano de Titan e é famosa por seu centro histórico medieval e ruas de paralelepípedos.
O sistema de saúde em San Marino
O sistema de saúde em San Marino é um dos melhores sistemas mundiais e se encontra em terceiro lugar, atrás apenas da França e Itália. Esse foi o resultado do ranking da OMS, avaliando as redes de acordo com sua igualdade no financiamento da saúde, eficácia, custo por habitantes e a capacidade de promover justiça social.
Apesar de o sistema do território de San Marino ser público, o governo já está demonstrando interesse em uma medida que, para aqueles que se negarem à tomar a vacina contra o coronavírus, deverão arcar com os custos os custos, como por exemplo os pais de crianças não vacinadas que devem, conforme a lei, contratar um seguro para danos contra terceiros.
De acordo com Ciavatta, as vacinas chegarão a San Marino pela Itália, encaminhadas pelo Ministério da Saúde italiano. Nesse sentido, a ideia é que os prazos de vacinação da população do território sigam os dos italianos. Vale destacar que Roma anunciou pretensão de iniciar a imunização em janeiro de 2021.
San Marino e a Covid-19
Com aproximadamente 34 mil habitantes, San Marino possui atualmente 1.932 casos confirmados, 51 mortes e apenas 1932 recuperados. O país fica em uma das regiões mais afetadas pela doença na Itália, segundo a Agenzia Nazionale Stampa Associata – ANSA.
“A vacina será gratuita e estará disponível à população. Se alguém decidir não tomar por opção, e não por fazer parte das categorias excluídas, como alérgicos, então deverá pagar o tratamento de um eventual contágio”, declaraou Ciavatta.