Os últimos dados lançados pelo IBGE preocupam a economia brasileira. Nesta quinta-feira (6), foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que a porcentagem oficial de desempregados subiu para 13,3%, o que representa 12,8 milhões de cidadãos sem ocupação, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal.
No primeiro trimestre do ano, a taxa oficial de desemprego era de 12,2%. A atual porcentagem é a maior taxa de desemprego desde a pesquisa realizada nos meses de março, abril e maio de 2017.
Efeitos da pandemia
A crise causada pelo novo coronavírus é responsável pelo crescimento exponencial dos desempregados. A epidemia conseguiu fechar 8,9 milhões de postos de trabalho nos últimos três meses, deixando cerca de 9 milhões de cidadãos brasileiros sem ocupação.
Seis milhões de trabalhadores informais foram atingidos pelo fechamento. Mais de 2,9 milhões de trabalhadores com CLT perderam os seus empregos, enquanto 2,4 milhões de funcionários sem a carteira de trabalho também perderam.
Número de ocupados em declínio
A quantidade de pessoas ocupadas no Brasil, de acordo com os dados recentemente informados, é de 83,3 milhões de pessoas, isto é o menor número da série histórica desde 2012. Houve uma redução no número de ocupados de 9,6% em relação ao trimestre passado.
Número de desalentos bateu novo recorde
Na população desalentada estão os cidadãos que desistiram de procurar por um emprego. Este grupo teve aumento de 19,1% em relação ao trimestre passado, que contabilizava 16,5%. 5,7 milhões de pessoas já não procuram por trabalho.
Além disso, a contagem de pessoas fora da força de trabalho chegou a 77,8 milhões. Isto significa que, a quantidade de cidadãos que trabalham de modo formal ou informal caiu, e a taxa de pessoas que não tomaram iniciativa para a procura de uma oportunidade de emprego, também.
Contudo, os desempregados somados com a população fora da força de trabalho resulta em 90,5 milhões. Em detrimento com o número de ocupados (83,3 milhões), conclui-se que no último trimestre, existem mais pessoas sem trabalhar do que trabalhando no território brasileiro.
