Relatório da ONU aponta que dois milhões de bebês nascem mortos a cada ano

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Segundo relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira (8), foi registrado dois milhões de natimortos por ano, equivalente a um bebê morto a cada 16 segundos. 

A pesquisa envolveu o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Banco Mundial e a Divisão de População do Departamento Econômico e Assuntos Sociais. 

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As estimativas apontadas pelo relatório indicaram que mais de 40% dos casos ocorrem no trabalho de parto, cuja situação pode ser evitada se houver profissionais da saúde qualificados para realizar o procedimento.  

Relatório da ONU aponta que dois milhões de bebês nascem mortos a cada ano
Fonte: (Reprodução/Internet) 

As mais afetadas têm baixa renda e carecem de auxílio

Alguns serviços de saúde oferecidos às gestantes foram interrompidos. Tendo em vista que a concentração mundial da saúde está na pandemia do coronavírus, logo, a situação tende a se agravar.

A maioria dos nascimentos de bebês mortos foram registrados em 84% nos países de baixa renda e média-baixa. No ano passado (2019), 75% dos casos de bebês que morreram no útero de suas mães aconteceu na África Subsaariana ou no sul da Ásia.  

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Em comunicado com a divulgação do relatório, a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore comentou que a natimortalidade pode ser evitada, e para isso, é necessário um monitoramento de alta qualidade, cuidados pré-natais adequados e uma parteira qualificada. 

Fore também acrescentou o financiamento alto quando acontece irregularidades como essas, levando em consideração a saúde psicológica e emocional da mãe que acabou de perder o seu bebê. Para essas mães, deve ser prestado auxílios psicológicos e financeiros. 

Pandemia e desigualdade étnica são fatores agravantes 

A pandemia da Covid-19 pode piorar o quadro se os serviços de saúde prestados as gestantes diminuírem.

O relatório estima que se houver uma redução de 50% nos serviços de saúde, a consequência seria de quase 200 mil natimortos a mais em um período de 12 meses em 117 países de baixa e média renda, resultando em um aumento de 11,1%.

A maioria dos casos apontados tem relação com a péssima qualidade de cuidados durante a gravidez e o parto, como também a falta de investimentos em serviços maternos. Por isso, é muito importante a permanência contínua e qualitativa de um bom serviço de saúde para as mães e os bebês. 

A pesquisa ainda indicou que a desigualdade étnica é um fator que corrobora para uma alta taxa de natimortalidade. Isso se deve, porque as minorias étnicas em países de alta renda não recebem o mesmo acesso à saúde. 

Por exemplo, no Nepal, mulheres de castas minoritárias têm taxas de natimortos entre 40 a 60% mais altas do que mulheres de castas de classe alta.

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