A perda de olfato e paladar são sintomas comuns e passageiros nos pacientes gripados e resfriados, mas também tem ganhado destaque em pessoas testadas com Covid-19. O sintoma ocorre até com mais frequência do que outras manifestações características da doença, como tosse, febre e cansaço.
O que tem-se observado é que apesar da recuperação do infectado por Covid-19, o organismo ainda apresenta sequelas da doença. A perda de olfato e paladar tem permanecido, é o caso de milhares de infectados pelo novo coronavírus.
Com isso, tratamento e exercícios para recuperar os sentidos estão surgindo. O site da AbScent.org é um dos que tem oferecido opções para a recuperação de sintomas naqueles que ficaram totalmente ou parcialmente afetados.
Perda do olfato e paladar atinge 36% dos infectados
O estudo da JAMA Neurology revelou que cerca de 36% dos pacientes infectados pelo coronavírus desenvolvem complicações neurológicas, as mais comuns relativas ao sistema nervoso periférico são a disgeusia, isto é, a diminuição da capacidade de paladar (5,6%) e a hiposmia, ou baixa sensibilidade olfativa, (5,1%).
No site da AbScent, os usuários encontram informações sobre um tratamento oferecido popularmente antes da Covid-19, mas que agora tem ganhando mais notoriedade devido as sequelas apresentadas pelos infectados do novo coronavírus.
Terapia alternativa para recuperar os sentidos
A terapia é um “treinamento olfativo”, com uma série de exercícios para restaurar a percepção dos cheiros e, no caso de muitas pessoas, devolver a normalidade de seu sentido.
Durante esta reabilitação, a pessoa inala diferentes odores todos os dias, concentrando a mente, pelo menos duas vezes ao dia com inalações curtas, de mais ou menos de 20 segundos.
Geralmente, são instruídos nos exercícios quatro frascos com cheiros diferentes para o uso. E sobre um dos centros que oferece este tipo de reabilitação na Espanha é a Unidade de Treinamento Olfativo do Hospital Quirónsalud Sagrado Corazón de Sevilha.
A fundadora da AbSent Chrissi Kelly, disse em entrevista ao portal da BBC News Mundo que atualmente os três grupos da fundação no Facebook tem cerca de 11 mil membros no total. E indica que pessoas do Irã, Itália, Espanha e, em seguida, pessoas da América Latina passaram a entrar em contato com ela rapidamente.
