Jacinda Ardern, 40 anos, tornou-se a pessoa mais jovem a ocupar o cargo de ministra no mundo. O seu posicionamento e as medidas de proteção contra a Covid-19 na Nova Zelândia, ganharam destaque na mídia, sendo a primeira-ministra com favoritismo para as eleições.
A Nova Zelândia foi elogiada por todo o mundo pela sua gestão frente à pandemia, decretando em março um dos confinamentos mais rígidos, fechando as fronteiras quando tinha apenas 50 casos.
Além disso, devido a conjuntura política mundial, cuja as mulheres sempre foram limitadas a ocupar lideranças em qualquer espaço, principalmente na política de um país, Jacinda mostra a autoridade que conseguiu exercer no meio de uma crise, registrando apenas 25 mortes em um país de quase cinco milhões de habitantes.
Segue na liderança em pesquisas de opinião
Em 2017, quando assumiu o cargo de primeira-ministra, através de uma campanha alavancada por majoritariamente jovens, Jacinda Ardern prometeu levar a Nova Zelândia a um governo de gentileza.
Ademais, a sua agenda de apoio ao bem-estar social defende o casamento gay e a legalização do aborto. Tais questões consideradas “subversivas” na maioria dos países regidos por um líder homem, branco e cristão. Com ideias progressistas a todos os neozelandeses, ela segue liderando as pesquisas de opinião pública no país.
Ardern anunciou em agosto deste ano a sua campanha à reeleição pelo Partido Trabalhista, prometendo impulsionar empregos e o crescimento econômico, destinando 311 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 1,1 bilhão de reais para estimular a economia.
Primeira-ministra, mãe trabalhadora e ‘influencer’
“Ardern é certamente um dos líderes desta crise, se não há maior [líder]. Seu jeito é calmo, autoritário e amigável. Foca tanto no humano quanto nas consequências econômicas”, disse Alastair Campbell, ex-diretor de comunicação de Tony Blair, em uma nota pública.
No meio da pandemia do novo coronavírus, a gestão da primeira-ministra fez com que a Nova Zelândia conseguisse reabrir a sua economia em um momento em que boa parte da economia do mundo estava de ‘lockdown’.
Ardern se destacou como mãe trabalhadora quando preferiu ficar só 6 semanas em casa com a filha em vez de 26 semanas (licença maternidade obrigatória), após o nascimento desta. Em nota pública, ela disse que é um período cujo ela acredita importante, mas que por se reconhecer como uma pessoa privilegiada, sentiu que já poderia voltar ao trabalho.
Enquanto isso, o seu marido, o jornalista Clarke Gayford ficou sob responsabilidade de cuidar da filha. Ademais, a líder trabalhista mostra carisma e forte presença nas redes sociais compartilhando as suas promessas eleitorais como também detalhes da sua vida privada.