Protestos em Belarus: mobilizações femininas e sequestro de líder opositora

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Belarus defende um sistema de Estado patriarcal, e as mobilizações femininas têm pressionado o governo para um alcance de democracia e igualdade de gênero no país. Uma das principais lideranças do movimento foi sequestrada e o regime autoritário ganha força. 

Nessa última segunda (07), a líder opositora Maria Kolesnikova, a única em permanecer em Belarus para enfrentar o autocrata Aleksandr Lukashenko, foi alvo de um sequestro à paisana, enquanto caminhava pelo centro da capital. 

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Segundo uma testemunha, a gestora cultural foi colocada em uma minivan. São ações como esta que impulsionam as mulheres a protestarem pelas ruas de Belarus e por outras cidades do país, exigindo o fim da repressão e a renúncia do presidente Aleksandr Lukashenko. 

Protestos em Belarus: mobilizações femininas e sequestro de líder opositora
Fonte: (Reprodução/Internet)

Grupo composto por mulheres inicia as manifestações  

“Até que me matem, não haverá outra eleição”, afirmou Lukashenko durante sua visita a uma fábrica em Minsk. Sua fala foi dirigida às manifestações que têm ocorrido no país do Leste Europeu desde o fim das eleições, em 9 de agosto, iniciadas por um grupo de mulheres. 

Belarus tem vivido as maiores mobilizações de sua história, por não aceitarem mais um mandato de Lukashenko, o qual tem estado no poder por 26 anos. Seu sistema é patriarcal, sem leis específicas contra violência machista e com notoriedade sexista. 

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Após a suposta fraude eleitoral, o primeiro grupo de mulheres se movimentou na mídia social Telegram, que atualmente conta com mais de 12 mil participantes, para marcharem pelas ruas do país pedindo a não violência contra as mulheres e igualdade gênero no cenário político. 

O que o governo de Aleksandr representa para as mulheres 

Segundo o último relatório da ONU Mulheres de 2019, a Belarus é um país que somente 34% das lideranças são mulheres, ainda não aderindo em sua agenda a igualdade de gênero. Ele se encontra em um dos rankings de piores do mundo sobre a participação da mulher no Governo. 

E com o novo episódio do sequestro da líder oposicionista, Maria Kolesnikova, reafirma a negação dessa participação feminina no governo bielorrusso por meio de mecanismos de repressão

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