A mulher aos olhos da sociedade sempre foi objetificada e vista como “frágil”, porém essa visão está sendo desconstruída com o tempo. Mesmo assim, ainda existem regiões da sociedade com esse pensamento limitado.
Isso acontece principalmente em lugares instauradas pela cultura patriarcal. Com isso, o machismo é tão presente ainda nos dias de hoje, que existem países que não aceitam que as mulheres possuam ou divulguem seu nome.
Movimentos sociais estão lutando diariamente pelos direitos das mulheres no mundo, contudo o que impede são pessoas de realidade distintas que tem dificuldade em instaurar direitos básicos da mulher na realidade contemporânea.
As mulheres sem nome
Quando um bebê do sexo feminino nasce no Afeganistão, ela não é concebida com um nome e sim só pela sua posição na família. Neste contexto, a menina nunca será chamada por seu nome, e sim por “filha de tal homem”, “irmã de tal menino” entre outros.
As meninas também não podem ser chamadas por “filha de tal mulher”, porque suas mães também não têm nome. Algumas mulheres acabam morrendo como anônimas, porque não existem registros com o seu nome.
Quando uma afegã se casa, seu nome não é escrito no convite do casamento, somente o do marido. Ao adoecer, quando é atendida por um médico, ele não pode saber seu nome. As famílias do Afeganistão, costumam forçar as mulheres a manter os nomes em segredos, em todas as fases da vida.
Movimento #WheresMyName
Uma mulher afegã, chamada Laleh Osmany não se conformou com esse tratamento e o questionou. Com isso, ela criou uma mobilização para a recuperar um direito básico de toda mulher.
Em uma entrevista para BBC, Osmany disse que ela e suas amigas só queriam provocar um tipo de reflexão. Diante disso, o assunto foi levado para debate à Câmara dos Deputados do Afeganistão por Maryam Sama, membro do parlamento.
Depois disso, Sama informou em um dos de seu tuítes, que o assunto já tem apoiadores e será debatido mais a fundo. O movimento leva a frase em inglês “onde está meu nome”.
