Mudanças climáticas: mês de setembro foi o mais quente da história

O Serviço de Mudança Climática Copernicus (C3S) da União Europeia divulgou nesta quarta-feira (7), os registros das temperaturas globais dos últimos cinco anos. Além disso, afirmou que o último mês de setembro foi o mês mais quente da história. 

Os registros apontaram temperaturas extremamente altas na Sibéria, no Oriente Médio e em partes da América do Sul e Austrália. O resultado foi um aumento de 1ºC nos últimos anos, um número acima dos tempos pré-industriais. 

Os dados apresentados pela Copernicus evidenciaram que em âmbito global, setembro de 2020 foi 0,05ºC mais quente do que o mesmo mês em 2019 e 0,08ºC mais quente que em 2016. O importante é que ambos os anos são dois dos maiores recordes já registrados. 

2020 poderá ser o ano mais quente

Se não houver limitação na emissão de gases que retêm calor, eventos extremos e catastróficos continuaram a surgir em uma escala maior. Se a desordem permanecer, os fenômenos que ocorrem final do ano, como o La Niña e os baixos níveis do gelo marinho do Ártico podem intensificar os eventos climáticos. 

Com isso, o ano de 2020 poderá ser o mais quente já registrado. Embora a maioria dos países tenham concordado em seguir o Acordo Climático de Paris de 2015, cujo objetivo é conter o aquecimento global e reduzir 1,5ºC evitando impactos extremos, a maioria não atingiu sua meta. 

Nem mesmo os maiores emissores, China e União Europeia se comprometeram a reduzir emissões de gases nas próximas décadas. No geral, com a flexibilização de leis protetoras ao meio ambiente e recursos naturais e as políticas atuais não têm contribuído para evitar possíveis consequências em todo o planeta. 

Especialistas comentam sobre o assunto 

O cientista sênior da Copernicus, Freja Vamborg disse a agência Reuters que a Terra aqueceu muito e continuará aquecendo se as emissões de gases de efeito estufa não forem contidas em um ritmo mais avançado. 

Outros cientistas relataram ao portal que a tendência de aquecimento ao longo prazo, causado por emissões de gases que retêm calor, poderá ocasionar altas temperaturas que permitirão desastres, tanto como os incêndios que ocorreram esse ano na Califórnia quanto as inundações relatas na Ásia.