Apenas 32% da população de municípios médios possui saneamento básico

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O Instituto Trata Brasil lançou nesta quarta-feira (7) dados individualizados de 251 municípios, os quais fazem parte dos menores percentuais de saneamento básico, cujas porcentagens estão abaixo das médias nacionais, afetando o equivale de 50 mil a 141 mil habitantes.

O levantamento identificou apenas 32% da população de municípios médios com acesso a coleta de esgoto. Em contrapartida, 73,3% da população das 100 maiores cidades do Brasil possui acesso e disponibilidade do serviço. 

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A oferta de água tratada também é bem maior nas cidades grandes, com 93,3% contra 76,6% no municípios médios. Os dados cooperam com o “Painel Saneamento Brasil”, próprio para monitorar de forma particular os níveis de saneamento básico em cidades brasileiras.

Apenas 32% da  população de municípios médios possui saneamento básico
Fonte: (Reprodução/Internet) 

Serviços são destinados mediante indicativos socioeconômico 

Das 251 cidades analisadas pelo Instituto, todas com deficiência e ineficácia de saneamento, reúnem cerca de 10,6 milhões de habitantes. Isso significa que em casos absolutos, são quase 2,5 milhões de pessoas sem água tratada e 7,2 milhões sem coleta de esgoto nos municípios médios. 

O presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, relatou ao portal G1 que pequenos municípios tendem a ser os últimos da fila de investimentos porque o modelo de financiamento depende de repasse de empresas públicas. Logo, as cidades grandes possuem mais autonomia e liberdade para disputar por recursos. 

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A desigualdade social do país se torna um assunto considerando os indicativos socioeconômicos no que tange a oferta e disponibilidade de serviços públicos, que são considerados como direitos de todo cidadão brasileiro.

Marco de Saneamento pretende transformar o cenário

As metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), feitas em 2014, tinha como intuito se concretizar em 2033, por meio da universalização dos serviços de água, esgoto e lixo. Mas como o ritmo não tem alcançado todo o território brasileiro a data prevista não promete ser cumprida.

O novo Marco do Saneamento, aprovado pelo Congresso pode acelerar o processo devido a entrada de recursos privados no setor. Com isso, realizar etapas previstas, como a de coleta de esgoto para 90% da população até o fim de 2033, pode ser uma possibilidade.

O Marco determina a abertura de licitação, com a participação de empresas públicas e privadas, eliminando o direito de prioridade das companhias estaduais. No momento, os responsáveis pela oferta do serviço são majoritariamente as empresas públicas estaduais.

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