Ministério da Saúde diz que não terá vacina suficiente em 2021

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De acordo com recente declaração do Ministério da Saúde, assim que passar pela etapa de abonação, apenas grupos de mais alto risco de exposição, que possuem mais chances de contaminação, deverão ser vacinados. A população geral não deve ser imunizada em 2021.

Atualmente, o órgão afirmou que se encontra desenvolvendo um plano nacional de vacinação de modo a englobar todos os brasileiros. Tal documento concerne uma estratégia preliminar que deverá ser dividida com secretários de saúde e especialistas já nesta terça-feira (1).

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Durante as últimas semanas, o Ministério já vinha dando indícios sobre um possível plano de imunização que seria iniciado com os grupos prioritários, que apresentam maior risco como idosos e profissionais da saúde, porém, ainda não havia sido informado se o mesmo se estenderia.

Ministério da Saúde diz que não terá vacina suficiente em 2021
Fonte: (Reprodução/Internet)

Cerca de metade do Brasil deve ser vacinado em 2021

Segundo Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, as metas para as vacinações foram estabelecidas por não existir compostos suficientes para todos os brasileiros, e que os ensaios existentes não pretendem englobar todas as faixas etárias de início, e sim em etapas.

Devido aos acordos realizados até então, pode-se esperar que ao menos um terço dos habitantes sejam vacinados nos primeiros seis meses do ano que vem, enquanto mais da metade no semestre seguinte. As estimativas podem sofrer alterações em casos de novas aquisições.

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Vacinação em etapas não aumentará risco, disse o Ministério

Para Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde, o fato de a população geral não ser imunizada de primeira não significa que não estarão seguras. Segundo ele, a imunização dos grupos que convivem, direta ou indiretamente, com determinada pessoa a impedirá de ser contaminada pela Covid.

O mesmo ainda comparou a futura estratégia de vacinação contra o novo coronavírus, com as campanhas contra a gripe, já existentes no Brasil. Elas, bem como o plano, priorizam a distribuição de vacinas aos grupos de risco. O objetivo é vacinar cerca de 80 milhões de pessoas por ano.

“Quando falamos de vacinação, o mundo não entende que terá que ter vacina para todos. A Covax [iniciativa da OMS que acompanha nove estudos de vacinas para oferta aos países] almeja 2 bilhões, é uma meta ambiciosa, e não se imagina que haverá vacina para todas as pessoas do planeta”, completou Franco.

Imunizante deve durar por vários meses

Estudos mais recentes apontaram que o desenvolvimento de um composto imunizante contra a Sars-CoV-2 deve se estender por vários meses. Porém, as vacinas que se encontram na última fase dos estudos clínicos serão responsáveis por responder como ocorre o processo de proteção no corpo humano.

Todos irão responder se a imunidade será capaz de impedir que o vírus entre no organismo humano, ou somente de proteger o mesmo no combate à aparição de sintomas da doença. Neste caso, a imunidade foi conferida tanto em casos de células de defesa, quanto por anticorpos neutralizantes.

Combinações de vacinas podem ser vantajosas a longo prazo

Os estudos ainda apontaram que a identificação de anticorpos neutralizantes é a forma mais eficaz de informar se um indivíduo está correndo risco ou não. As vacinas citadas, em última fase de testagens, evidenciam uma capacidade considerável em induzir esses anticorpos.

Esper Kallás, infectologista da Faculdade de Medicina da USP, explicou que até mesmo as vacinas já existentes, e que são categorizadas como muito boas, podem enfraquecer com o passar do tempo, como a do sarampo.

Neste cenário, uma agregação de diversos compostos poderia se tornar mais benéfica, porém, sempre considerando as opções que já existem hoje em dia, não sendo assim preciso que um novo imunizante seja envolvido.

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