Justiça ordena quebra de sigilo de dados dos acusados de atacar sistema do TSE

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Recentemente, a Justiça Eleitoral do Distrito Federal ordenou que não houvesse mais a garantia de proteção de dados de correios eletrônicos dos três brasileiros acusados de terem participado da invasão hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além dos três, um português também foi arguido.

Conforme apuração realizada pela TV Globo, a quebra de sigilo supre uma solicitação da Polícia Federal (PF), e se expande desde o início deste ano. Tendo fundamento neste material, os analistas pretendem determinar a existência de um vínculo entre os brasileiros e o português.

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Neste final de semana  durante uma operação em conjunto da PF com a polícia de Portugal, um hacker de 19 anos foi preso. A ligação entre os acusados foi estabelecida através de uma publicação e troca de mensagens na Internet que citavam o grupo que os hackers brasileiros compunham.

Justiça ordena quebra de sigilo de dados dos acusados de atacar sistema do TSE
Fonte: (Reprodução/Internet)

Ataques podem ter sido feitos por equipes e não pessoas isoladas

De acordo com a investigação, o português enviou links do TSE aos brasileiros via chat. A polícia identificou 7 contatos durante o primeiro turno das eleições em 15 de novembro, e 10 contatos no dia 19. Para os especialistas, isso demonstra que o ataque foi realizado por um grupo de hackers, e não por uma só pessoa.

A PF e o TSE avaliaram que o ataque no primeiro turno foi a causa da instabilidade do serviço e-Título, o aplicativo foi utilizado para comprovar a ausência de votação mas apresentou problemas no dia da eleição. A partir dos emails, a PF tentará descobrir, por exemplo, se os hackers agiram por motivos políticos.

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Hackers podem ter acessado mais dados, segundo PF

A PF executou três ordens de busca e apreensão em São Paulo e Minas Gerais, e adotou três medidas cautelares para proibir o contato entre as pessoas investigadas. Os crimes apurados no inquérito envolvem a intrusão de equipamento informático e de organizações criminosas, as duas previstas no código penal.

A análise da PF do ataque hacker ao TSE mostrou que, além dos dados do servidor antigo divulgados no dia da eleição, o atacante também acessou as informações deste ano no Portal do Servidor. O portal possui dados como endereços e telefones, mas não está vinculado ao sistema eleitoral.

A Polícia Federal disse que a investigação não encontrou evidências de que o cálculo do resultado da votação no primeiro turno das eleições municipais tenha sido prejudicado. O órgão vai continuar a investigar, com a ajuda da polícia portuguesa, se outras pessoas participaram no ataque. 

TRF-1 também pode ter sido invadido por criminosos

Segundo indícios, o Tribunal Regional da Primeira Região (TRF-1) também foi vítima de uma invasão ilegal na semana passada. Durante o fim de semana, um documento de texto supostamente listava as tabelas dos bancos de dados SQL do órgão. Geralmente, tais arquivos servem para provar

O membro da equipe da CyberIllusion, M1keSecurity, declarou a autoria da invasão. Embora não haja evidências de roubo de documentos confidenciais, o TRF-1 restringiu o acesso a vários sites e sistemas internos e começou a restaurá-los gradualmente esta semana. A Polícia Federal também está investigando o caso.

“[Estão sendo restaurados os] Sistema PJe de Primeiro e Segundo Graus, o Sistema de Processos Administrativos Eletrônicos SEI, a Consulta Processual e o Sistema de Requisições de Pagamentos Judiciais utilizado pelos Tribunais de Justiça em relação à competência delegada, além de outros de uso interno”, declarou o órgão.

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