Brasil enfrenta maior taxa de transmissão da Covid desde maio, segundo Imperial College

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Segundo dados do Imperial College London, a taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil nesta semana é a maior desde maio. A atualização foi divulgada nesta terça-feira (24), e se refere à semana que iniciou nesta segunda-feira (23).

O relatório inglês apontou que o índice se encontra em 1,30. Isso significa que cada 100 pessoas infectadas espalham o vírus para outras 130 pessoas. Devido à margem de erro nas estatísticas, a razão pode ser maior (Rt é de até 1,45) ou menor (Rt 0,86).

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De acordo com os dados coletados pelo G1, a última vez que a taxa de transmissão no Brasil foi tão alta foi na semana do dia 24 de maio, chegando a 1,31. Levando em consideração a margem de erro, o valor máximo possível na data poderia chegar até a marca de 1,47.

Brasil enfrenta maior taxa de transmissão da Covid desde maio, segundo Imperial College
Fonte: (Reprodução/Internet)

Taxa de infecção volta a crescer após semanas em queda

A taxa de infecção, expressa em Rt, é um número que reflete o potencial de transmissão do vírus: quando a taxa for maior que 1, cada pessoa infectada espalhará a doença para mais de uma pessoa, e a doença progride. Depois de ficar abaixo de 1 por 5 semanas consecutivas, a taxa no Brasil voltou a crescer no início de novembro.

Há duas semanas, esse número era de 0,68, o menor nível desde abril, mas essa data coincidiu com o momento em que a interrupção dos dados fez com que o Ministério da Saúde atualizasse os casos e óbitos da Covid-19. Isso afetou as estimativas, pois o Rt analisa estes dados.

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Máscara ainda é o melhor método contra o vírus

Recentemente, Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA compartilharam novas provas que fortalece a necessidade de utilizar máscaras para evitar o contágio do novo coronavírus. O estudo foi feito seguindo as taxas de infecção no Kansas, EUA.

Pela Covid ser uma doença que se espalha através do ar, especialmente via gotículas de respiração, sua proliferação é alta quando há contato próximo de pessoas. Tais gotículas podem ficar suspensas no ar, mas não adentram o organismo humano se a pessoa estiver utilizando máscara.

“A diminuição dos casos entre os condados obrigatórios e o aumento contínuo dos casos nos condados não obrigatórios só aumenta a evidência que sustenta a importância do uso de máscaras”, completou o CDC.

Governo negocia aquisição de vacinas

Um dos compostos imunizantes que o governo federal vem investindo, é o da Universidade de Oxford produzida em conjunto com o Laboratório AstraZeneca. Nesta semana, os envolvidos anunciaram que a eficácia média da vacina é de 70%, mas que pode alcançar até 95%.

Além desta, há também planos para a distribuição da Coronavac no Brasil. O composto chinês foi fabricado pela Sinovac, mesmo sendo contra a vontade do presidente Jair Bolsonaro. Vacinas da Pfizer/Biontech, da Johnson & Johnson, da Rússia e da Índia também apresentam potenciais.

Segundo pesquisadores, Brasil se encontra na segunda onda de contágio

Nesta semana, pesquisadores brasileiros divulgaram uma nota técnica que, com base nos dados da pandemia de coronavírus no país, confirma que o Brasil vive uma segunda onda de surto. 

Eles ressaltaram que há pelo menos três fatores que irão causar o aumento explosivo ou manter a disseminação massiva do vírus:

  • Carência de testes e de métodos para rastreio de novos casos;
  • Falta de uma política eficiente para coordenar a situação;
  • Medidas de quarentena foram relaxadas sem uma análise séria por parte do grupo de especialistas.

De acordo com levantamento realizado pelo consórcio de veículos de imprensa, e com base em dados da Secretaria Nacional de Saúde, até esta terça-feira (24), o Brasil confirmou 169.541 mortes pelo coronavírus, o segundo maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

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