Após sofrer ataque digital recentemente na rede do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou que se encontra estudando a criação de um comitê cibernético que visa o monitoramento, bem como a segurança, das plataformas digitais dos tribunais.
A declaração foi feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, durante esta semana. O ministro afirmou que ainda discute o modelo da comissão com os assessores e que o plano foi formalmente confirmado na reunião do CNJ nesta terça-feira (10).
Fux disse que os incidentes da semana passada mostraram a necessidade de um foco do governo na segurança digital, o que ecoou as opiniões de especialistas. Ele disse que investigou o caso com a ajuda do ministro Humberto Martins, presidente do STJ, e cogitou futuras medidas de proteção.
Criação de um comitê visa proteção digital de sessões virtuais
De acordo com Fux, a ideia é criar um Comitê Cibernético de Proteção à Justiça Digital do Poder Judiciário. Sua formação seria consequência de parcerias com todas as empresas profissionais no assunto, e todas que já acordaram com o ministro Martins.
Sua afirmação foi realizada em conferência online para debater o projeto “Juízo 100% Digital”, que prevê a execução de todas as ações processuais de forma eletrônica e remota. Isso agrupa a possível realização de uma videoconferência para julgamento de uma sessão do tribunal (opcional).
Como consequência aos ataques virtuais, estima-se que aproximadamente 12 mil processos tenham sido impossibilitados de serem julgados devido à interdição do STJ. Este ponto foi considerado para que a aposta monetária em proteção digital ocorra.
Segundo Bolsonaro, hacker já foi identificado
Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro declarou em seu perfil no Twitter, que a Polícia Federal (PF) já reconheceu o autor da invasão ilegal. De acordo com ele, o autor do crime não demorou para ser pego, com a confirmação ocorrendo na manhã posterior.
A declaração confirmando o feito foi fornecida à TV Globo por Ronal Alexandre, delegado responsável e diretor-geral da Polícia Federal. Bolsonaro ainda afirmou que a atuação do delegado em frente à situação foi elogiada por Humberto Martins.
Em nota divulgada na semana passada, a PF afirmou que além de buscar reconstruir a rede por meio de processos de técnicos do STJ, está avaliando também a extensão do incidente.
