Incêndio afeta cerca de 13 mil refugiados na Grécia

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Nesta madrugada de quarta (9) um incêndio alastrou o campo onde viviam cerca de 13 mil pessoas. O início da fumaça provocou uma fuga em massa dos refugiados. Ao amanhecer, o fogo já havia sido controlado pelos bombeiros, mas ficou inteiramente destruído pelas chamas. 

Moria é o campo de refugiados mais populoso da Europa, na ilha grega de Lesbos, e nele colidem os interesses geopolíticos da Turquia, que busca conter o grande fluxo de refugiados em seu país. 

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Segundo autoridades locais, o início do incêndio teria sido provocado por um protesto de refugiados no campo, devido a detecção de 30 casos de Covid-19. Um grupo pediu para os que os infectados se mantivessem isolados dos outros, mas parece que isso não ocorreu. 

Incêndio afeta cerca de 13 mil refugiados na Grécia
Fonte: (Reprodução/Internet) 

O caos de Moria, campo de refugiado na Grécia

O campo de refugiados em Moria concentra mais de 15.000 refugiados, um número altíssimo para suportar a capacidade máxima. Ele foi construído para abrigar somente 2.500 pessoas e se encontra colapsado, em condições extremamente precárias e insalubres. 

Seus habitantes são obrigados a dormir em tendas e ficar em filas por horas só para conseguirem pegar uma refeição, serem atendidos por um médico, proceder documentos ou até mesmo ir ao banheiro para fazer suas necessidades. 

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O governo grego busca regularizar transferências deste campo na ilha de Lesbos para outras regiões da Grécia, evitando o constante número de chegadas, tendo em vista que o campo já se encontra saturado. 

Refugiados vivem em situação precária de higiene

Ao chegar no campo, o primeiro obstáculo é encontrar um pequeno canto que sequer possa ser ocupado. Em um dos principais corredores dele tem uma fonte de água que serve como ponto de encontro dos moradores. 

Nesta mesma fonte, as pessoas escovam os dentes, lavam os pratos e pés, enchem de água seus equipamentos. As áreas do acampamento são distribuídas, tendo nelas apenas um chuveiro para cada 506 pessoas e um banheiro para 210 refugiados

Os refugiados ainda tem que enfrentar as condições climáticas da ilha e sua tenda coberta por plástico, o que gera muito calor.

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