O governo do estado do Paraná fechou um convênio para a fabricação de uma vacina contra a Covid-19 conjuntamente com a Rússia nesta quarta-feira (12). Um memorando celebra a organização em espécie de parceria entre os governos, para que ambos possam acompanhar o desenvolvimento de um imunizante.
O intuito é reunir diversos centros de pesquisa no estado brasileiro para trabalhar no esforço de intercambiar informações entre a equipe e as autoridades russas. Recentemente, o país transcontinental, anunciou uma vacina batizada de Sputnik V, produzida pelo Gameleya e que tem promessa de administração em massa em outubro deste ano.
É possível que a vacina russa chegue a ser distribuída no Brasil em 2021, apenas dependendo da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto existem ainda muitas incertezas e questionamentos na comunidade internacional sobre a eficácia e segurança de tal vacina.
Em um acordo com o governo russo, o governador representante do estado do Paraná, Ratinho Júnior do partido PSD, pretende desenvolver e produzir uma vacina contra a Covid-19. A parceria com os russos já era estudada pelo governo paranaense desde de julho.
Uma equipe de pesquisadores será reunida em massa no Instituto de tecnologia do Paraná para realizar todas as etapas do processo de pesquisa, até a distribuição do imunizante.
O presidente do instituto paranaense Jorge Callado se mostrou otimista frente a parceria firmada entre os dois governos em entrevista à Globo News, afirmando que todo o processo será bem claro e que não há uma certeza de produção de uma vacina, mas sim que será muito importante um intercâmbio de informações entre os governos para avançar no tratamento da doença.
Todas as etapas protocolares de testes necessitam receber o aval da Anvisa, que até o momento não receber nenhum pedido oficial para que o procedimento possa ter início.
“Até o momento o laboratório russo responsável pelo desenvolvimento da vacina não apresentou nenhum pedido de autorização de protocolo de pesquisa ou de registro da vacina para a Anvisa. Também não há solicitação de qualquer entidade ou parceiro da referida vacina” Relatou a autarquia brasileira.
Vacina Russa e a OMS
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a vacina produzida pelo instituto Gameleya encontra-se ainda na primeira fase protocolar de teste clínico, sendo necessária três etapas para sua validação. A vacina vem gerando muitas desconfianças de outras autoridades internacionais que pressionam o órgão para registrá-la e aprová-la.
O presidente russo Vladimir Putin anunciou a Sputnik V na última terça-feira (11 de agosto), mas os testes realizados com a vacina não foram divulgados.
