Covid-19 – Vacina russa tem causado desconfiança

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Na última terça-feira (11), o presidente russo Vladimir Putin, informou ao mundo que o país fez a primeira administração da vacina denominada Sptunik V contra a Covid-19. O imunizante foi desenvolvido pela Gamaleya, Centro Nacional de Investigação e Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia e deverá ser mediado pelo Ministério de Defesa da Rússia.

A expectativa é a que a vacina passe a ser distribuída em massa em outubro. Entretanto, autoridades internacionais desconfiam da eficácia do imunizante, visto que seu registro de administração aconteceu apenas dois meses após sua fase de testes, sendo aprovada para possível vacinação em massa.

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Putin defende a segurança do imunizante para tratamento do coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS), pressiona a nação a seguir todos os protocolos de testagem comuns a produção de uma vacina.

Covid-19 - Vacina russa tem causado desconfiança
Fonte: Reprodução/Internet

Das seis vacinas que estão sendo desenvolvidas contra a Covid-19 em acompanhamento da OMS, a Sptunik V não está na sua lista para a fase de testes clínicos.

Após a primeira imunização com a Sptunik V, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que planeja fazer uma imunização em massa ainda em outubro deste ano. A vacina que foi produzida pelo instituto Gamaleya, foi denominado Sptunik V em homenagem ao satélite de mesmo nome que foi lançado em órbita na época da Guerra Fria.

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Composição da Vacina Russa

O imunizante foi produzido por meio de uma técnica que utiliza  um vírus que não é capaz de se replicar, de forma que o micro-organismo sobrecarregue o material genético do Sars Covid-2, dando tempo suficiente para que o organismo infectado desenvolva uma resposta imunológica a tempo de real exposição ao vírus vetor da doença.

A desconfiança de autoridades

Pesquisadores e autoridades da comunidade internacional passaram a questionar a eficácia e segurança da vacina que em apenas dois meses da sua fase de testes, fase que envolveria então um protocolo de avaliação de seus efeitos no organismo humano, e portanto, em fase inicial de testagem, já está sendo administrada e consequentemente sendo prometida como vacina segura contra a Covid-19 para a população russa.

Segundo a OMS, as testagens deveriam passar por mais 2 etapas para ampliar os resultados de seu efeito em voluntários, alcançando milhares de pacientes, para então alcançar uma margem de segurança no que concerne a dosagem e eficácia. Enquanto, a  Sptunik V, estaria apenas na primeira fase.

O não cumprimento das 3 fases causa incertezas e por isso nenhuma vacina pode ser validada para atender um programa de vacinação em massa.

A vacina russa pode ser um risco

Devido a ausência de dados, envolvendo o rigor das fases de testes e a publicação de registros de sua eficácia contra a Covid-19, a vacina desenvolvida pela Gamaleya pode representar um risco para a saúde humana. Essa é a posição do infectologista da Associação Paulista de Medicina Renato Kfouri em entrevista ao portal Olhar digital.

Ademais, até o momento o país não divulgou nenhum dos seus registros quanto às etapas envolvendo a administração e segurança da vacina em organismo humano.

Mesmo assim, Putin segue afirmando que a mesma apresenta garantias, e que um membro de sua família inclusive já participou do programa de testes. Pesquisadores responsáveis pela fabricação de imunizantes de diversas nações estão pressionando a OMS para fazer uma avaliação dos dados e resultados clínicos da Sputnik V, corroborando sua qualidade.

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