Falta de comida pode afetar o Líbano nos próximos dias

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Os danos ocasionados pela explosão na zona portuária da capital libanesa na última terça-feira (4), vão além das vítimas e destruição da região. A Organização Nações Unidas (ONU) expõe preocupação e alerta que a região pode sofrer com a falta de comida nos próximos dias.

Segundo a Agência das Nações Unidas para a agricultura e Alimentação (FAO), a região poderá enfrentar dificuldades para abastecer a população, já que o incidente parece ter atingido as reservas de diversos grãos próximos ao porto. Dessa forma, haverá dificuldades na disponibilidade de farinha após estoques serem alcançados pelo incêndio.

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Igualmente espera-se o aumento dos preços de produtos na região. O porto em Beirute era responsável por receber grande quantidade de exportação de cereais commodities, o que agrava o cenário. O país já enfrentava uma grave crise econômica antes da explosão, com a inflação de alimentos acima dos 109%.

Falta de comida pode afetar o Líbano nos próximos dias
Fonte: Reprodução/Internet

A situação na capital libanesa atingida pela explosão que ocasionou a completa destruição da zona portuária, fez milhares de vítimas levando em consideração os feridos, mais de 100 mortos e centenas de desaparecidos. O que se espera é que possa ter danos ainda mais preocupantes a curto prazo.

O governador Marwan Abboud, declarou um dia após o acontecimento que a explosão trouxe destruição para pelo menos metade da população de Beirute. Os custos da tragédia são estimados em até 5 bilhões de dólares, mencionou a autoridade.

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Declarou ainda que jamais havia visto tamanho desastre, comparando-a ao ocorrido na Segunda Guerra Mundial, após as explosões das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki.

Grande parte da população teve suas casas completa ou parcialmente destruídas em decorrência da explosão e incêndio derivado desta, prédios e edifícios próximos também foram afetados.

Crise econômica, pandemia e explosão agravam a situação em Beirute

A escassez de alimentos alertada por órgãos da ONU, demonstra que a explosão só irá agravar a situação na região que já enfrenta uma grave crise econômica e política desde 2019. Mais da metade dos produtos alimentícios de abastecimento da capital são exportados de outros países.

Os grãos destruídos pelo explosão poderão ser a causa da falta de disponibilização de comida em curto prazo. Ademais, os grãos que não foram atingidos, precisarão ser descartados, já que foram contaminados pelo Nitrato de Amônio, substância até o momento exposta como a causa da explosão.

O Líbano em geral também enfrenta um colapso na área de saúde devido a pandemia. Muitos hospitais declararam superlotação, não podendo nem mesmo receber os feridos críticos que foram vítimas da tragédia.

“Não há nada mais difícil do que evacuar um hospital lotado de pacientes, enquanto ao mesmo tempo os feridos estão chegando”. Relatou o diretor Eid Azar.

Hassan Diab, declara as causas da explosão

Em conversa com o presidente libanês Michel Aoun, o primeiro ministro Hassan Diab, declarou que um carregamento de toneladas de Nitrato de Amônio, foi transportado e armazenado de forma negligente, sendo a possível causa da explosão catastrófica na zona portuária.

Auxílio internacional

Levando em consideração os danos emergenciais, o ministro libanês Hassan Diab, pediu auxílio às comunidades vizinhas e países amigos.

Muitas nações estão mandando insumos e suprimentos médicos para ajudar as vítimas da explosão. Donald Trump, emitiu declaração demonstrando apoio ao país, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron  despachou aviões militares com toneladas de equipamentos médicos.

Falta de comida pode afetar o Líbano nos próximos dias
Fonte: Reprodução/Internet

Diab decretou luto em todo o país na quarta-feira (5 de agosto) que se estenderá por três dias, e anunciou que haverá prestação de contas dos responsáveis pelo incidente.

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