Enxame de terremotos na Bahia – Especialistas explicam

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No último domingo (30) os municípios no interior da Bahia tem sofrido cerca de 16 terremotos nas regiões até então. Pesquisadores da Rede Sismográfica Brasileira acreditam que possa se tratar de um ‘enxame sísmico’. 

Ele é um fenômeno que incide vários tremores, resultantes de um tremor de magnitude maior. Os enxames são causados pelo estresse ao longo das falhas geológicas ou pela acumulação de pressão sob a superfície da Terra.  

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Devido a falha geológica no Recôncavo Baiano, sendo uma das 42 falhas existentes no Brasil, a qual se encontra sobre a placa tectônica Sul-Americana, está em acomodação e gerando terremotos diários. 

Enxame de terremotos na Bahia - Especialistas explicam
(Fonte: Reprodução/Internet)

Especialista explica o fenômeno 

O sismólogo e geofísico Juraci Carvalho, integrante do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), aponta para o portal Correio 24h que sempre quando ocorre um tremor de magnitude pequena para média, há um período de acomodação. 

Esta acomodação, submetida por um esforço, vai se rompendo em pequenos pedaços até haver uma acomodação total da falha. Eventos como o da Bahia, apresentaram magnitudes similares, caracterizando um enxame sísmico e podem perdurar por um longo período. 

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Desde domingo foram registrados 16 sismos no interior da Bahia, dado divulgado pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (LabSis/UFRN). Para buscarem explicações sobre os tremores da região, vão ser instaladas novas estações na Bahia. 

Tremores pelo Nordeste 

A região do interior da Bahia não foi a única que registrou abalos sísmicos no país. Na década de 1980, regiões como a João Câmara no Rio Grande do Norte e Cascavel no Ceará também registraram intensos terremotos de magnitudes acima de 4.0. 

Até hoje a população lembra dos eventos, tendo em vista que em João Câmara, conhecida popularmente como Terra dos Abalos, em novembro de 1986 com um terremoto de escala 5.1 derrubou muitas casas e deixou milhares de pessoas desabrigadas. 

“O enxame pode durar dias, às vezes meses e alguns até anos, como em Cascavel e João Câmara. É difícil dizer que um vai seguir o padrão do outro, é questão de acompanhar”, aponta Aderson Nascimento, coordenador do LabSis da UFRN.

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