Desmatamento em áreas de preservação da Amazônia cresce 40%

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As unidades de conservação da Amazônia sofreram um aumento do desmatamento entre agosto do ano passado e julho deste ano. Foi registrado o percentual de 40% a mais em relação aos 12 meses anteriores.

O bioma registrou uma perda de 1.008 km² nas áreas protegidas. Esses dados foram estudados e revelados pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Também foram revisados pela organização WWF-Brasil, cuja missão é mudar o atual cenário de degradação socioambiental no país.

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O número oficial ainda não foi divulgado, tendo em visto que esse dado é fornecido pelo Podres – Coordenação Geral de Observação da Terra. E na maioria dos casos, o número oficial quase sempre é maior que o brevemente divulgado.

Desmatamento em áreas de preservação da Amazônia cresce 40%
Fonte: (Reprodução/Internet)

Devastação de 11% de todo o espaço protegido

Nas Unidades de Conservação atingidas, o Deter havia indicado um desmate de 682 km², enquanto o Prodes revelou um número maior, a perda na verdade tinha sido de  1.100 km². Essa quantidade representa  11% do total de todo o espaço protegido da região da Amazônia.

“São mais de 200 áreas protegidas na Amazônia e a maior parte do desmatamento está concentrada em dez delas. A maioria delas tem conflitos que precisam ser resolvidos. Isso não resolve só com fiscalização”, disse Mariana Napolitano, gerente de ciências do WWF-Brasil.

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Atividade ilegal na Amazônia

O processo de desmatamento nas áreas de preservação da Amazônia estão ocorrendo de forma ilícita, como uma usurpação e apropriação de terras públicas, com o objetivo regularizador de maneira privada.

gNormalmente esse tipo de ação é decorrente das invasões de grupos organizados, sendo uma prática antiga, a qual pretende envelhecer documentos falsificados para que eles pareçam verdadeiros e, assim, conseguir a posse de uma determinada área de terra.

Essa atividade é comum no Brasil, devido às deficiências encontradas no sistema de controle de terras no país. Mesmo após a divulgação dos 40%, o maior órgão de poder sobre o meio ambiente brasileiro, o Ministério do Meio Ambiente,  ainda não se manifestou sobre o assunto.

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