Nesta última terça-feira (20), o Departamento de Justiça dos EUA informou que a empresa Google foi acusada de abuso de poder e concorrência desleal, devido ao seu sistema de buscas e uma ‘guardiã’ ilegal da internet pelo governo americano.
O megaprocesso envolvendo uma das maiores empresas do mundo se concentra na acusação de que o Google pode ter abusado de sua posição dominante para manter seu monopólio de pesquisas e publicidades online.
O principal argumento apresentado ao tribunal federal americano foi que a multinacional gastava bilhões de dólares todo ano para garantir que seu mecanismo de busca seja instalado como o navegador padrão nos dispositivos móveis.
Investigação do Google como navegador padrão
Desde 2019, procuradores-gerais de 48 estados e dois territórios passaram a investigar as práticas da empresa de tecnologia tanto nos Estados Unidos quanto no exterior.
Essa atitude, segundo relata o processo, faz dela uma “guardiã da internet” por ser capaz de controlar quase 100% dos canais de buscas online somente dos EUA, enfatizando que a plataforma excluiu a competição por buscas na internet.
Além disso, o relatório da ação acrescentou que os outros tipos de mecanismos de busca acabam não sendo distribuídos, escalados e reconhecidos como fontes de pesquisa, fazendo com que não consigam enfrentar o domínio do Google.
União Europeia já acusou a companhia
Esta não é a primeira vez que o Google enfrenta um processo desse nível. Em 2017 e 2019, ele teve que responder por atitudes semelhantes na União Europeia, o qual gerou uma dívida bilionária exigida pela Comissão.
Contudo, o prosseguimento desse megaprocesso pode levar anos para ser concluído devido a relevância e influência da companhia. Além de que esse processo pode repercutir em outros continentes com outras proporções.
São esperados que possivelmente o Google a pague multas ou realize uma divisão mais democrática com os outros mecanismos de buscas online as pesquisas digitais em equipamentos móveis.
