Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs que fosse adiada as eleições deste ano no país, as quais tinham data marcada para o dia 3 de novembro.
A proposta sugerida por Trump teria como finalidade estratégica, acompanhar ou avançar o seu principal adversário. Conforme as pesquisas eleitorais, o presidente estaria atrás de seu concorrente, Joe Biden do partido Democratas.
A sugestão foi divulgada publicamente através de sua conta no Twitter, afirmando que com essa atitude as pessoas teriam mais tempo e certeza para votarem de forma “segura e apropriada”, além da possibilidade de o estabelecimento do voto por correio tornar o pleito fraudulento.

O porquê do adiamento
O adiamento das eleições vem sendo comentado antes mesmo do presidente Trump tomar qualquer iniciativa a respeito. O Congresso Americano tem levado adiante essa consideração desde março, devido a pandemia de coronavírus, que está afetando milhões de americanos.
Essa possível mudança de data é inédita no território americano, nem mesmo com eventos históricos e de apelo populacional como a gripe espanhola em 1918 e a guerra civil de 1860 resultaram na alteração de período do sistema eleitoral.
Implementação do voto por correio
Alguns estados americanos estão adotando a implementação do voto por correio como uma maneira de precaução devido ao disseminação do coronavírus que afetou drasticamente todo o país.
Estes estados vêm elaborando tal atitude como uma alternativa de manter as datas eleitorais no país, apesar das circunstâncias a sua volta, sem afetar a população americana e preservando o direito político de todo cidadão do país.
Neste domingo (30), o voto por correio aconteceu no estado de Oregon, e tem acontecido desde 1998. Os eleitores recebem uma cédula para preenchê-la e depositá-la em uma das urnas distribuídas pelas ruas das cidades, que posteriormente serão coletadas pelos correios.
A possibilidade de fraude
De acordo com Donald Trump, esse tipo de metodologia faria do pleito americano “o mais impreciso e fraudulento da história”. Embora este sistema seja altamente popular, pois 80% dos eleitores o aprovam e confirmam a redução da ausência de voto, segundo diferentes pesquisas.
Em contrapartida, alguns críticos incitam esse modelo como um “convite à fraude”, levando em consideração que não há um agente de verificação das identidades das pessoas que estão depositando suas cédulas nas urnas.