As consequências da Covid-19 na educação na América Latina

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Com a chegada da Covid-19, muitas escolas foram obrigadas a fechar, por questão de segurança, e muitas tiveram que se adaptar ao ensino online. Porém, nem todas tiveram o suporte virtual e a educação na América Latina sofreu várias consequências. 

Os dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estima que cerca de 20% da população latino-americana não tem acesso adequado à internet móvel, o que dificultou o processo educacional de crianças e jovens durante a quarentena. 

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Principalmente nas áreas rurais, nas favelas e nos bairros carentes a educação online é inviável, como se não bastasse as vulnerabilidades sociais e econômicas enfrentadas pelas populações dessas áreas, a internet é outro empecilho que distancia os jovens da educação. 

As consequências da Covid-19 na educação na América Latina
Fonte: (Reprodução/Internet)

Saiba mais sobre as consequências geradas pela Covid-19 na educação de crianças e jovens latino-americanos e a desigualdade da internet 

Como a Covid-19 afetou a vida educacional dos estudantes 

Quando o processo educacional das escolas é interrompido, as consequências sentidas pelos estudantes são várias, como as refeições diárias nas escolas públicas, chamadas de merenda escolar. Em lugares muito pobres, os aluno encontram nas escolas um amparo alimentar. 

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Além disso, o adiamento da aprendizagem vai sendo um empecilho que passa a retardar as habilidades e o conhecimento cognitivo dos estudantes, sendo que estes dois procedimentos devem ser estimulados constantemente. 

Ademais, dentro de casa ou na vizinhança os jovens podem estar mais perto das violências presentes da região, sem receber segurança ou ajuda que a escola tinha como oferecer. Muitos alunos acabam por se envolver em situações ilícitas, e antes a escola tinha como auxiliá-los.

A internet como um direito 

Com o fechamento de milhares de escolas pela América Latina, cerca de 160 milhões de alunos foram afetados, conforme os dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e a solução foi partir para o online. 

Mas e os lugares que não tem acesso a internet? Tiveram que cancelar o ano letivo. Isso foi o que aconteceu na Bolívia, tendo em vista que o governo não tinha condições para garantir acesso à educação virtual, com isso os alunos foram promovidos para o ano seguinte. 

Em entrevista ao portal BBC News Mundo, a diretora de Educação para a América Latina, Claudia Uribe defende o uso da internet e sua conectividade gerada como um direito humano. Em contrapartida, é visível que esse direito ainda não tem alcançado todas classes.

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