Dólar continua em alta mesmo com a crise econômica

ANÚNCIO

A atual pandemia do Coronavírus, trouxe drásticos desafios à economia mundial. Por isso, aos investidores, cabe-se continuar na moeda mais agradável, o Dólar, mesmo que o seu valor tenha disparado. O dólar comercial no Brasil chegou a R$ 5,40 em julho e, em agosto, já tem o valor de R$ 5,30.

Esta instabilidade e fraqueza do dólar é explicada por economistas como consequência da crise do coronavírus, a queda do PIB americano e as incertezas da breve eleição presidencial estadunidense. Além disso, os especialistas explicam porque as agitações negativas da moeda americana não foram tão sentidas em seu país de origem.

ANÚNCIO

Dólar continua em alta mesmo com a crise econômica
Fonte: (Reprodução/Internet)

O vírus que abalou o dólar

Os Estados Unidos lidera o ranking mundial de casos confirmados e de mortes por coronavírus. No país, há mais de 4 milhões de infectados e 159 mil mortos pelo vírus. Dessa maneira, as expectativas dos investidores para uma reanimação da economia são baixas, como explica o economista Andrés Abadia:

“As taxas de infecção nos EUA, em comparação com outras economias desenvolvidas, permanecem relativamente altas, diminuindo as expectativas em relação à reabertura da economia no curto prazo”, explica o profissional.

O PIB como mais um ponto negativo

No fim de julho, o Departamento do Comércio americano anunciou que o PIB do país teve uma queda, no segundo trimestre, de 32,9% a mais comparado ao mesmo período de 2019. Além disso, houve uma queda de 9,5% em relação ao primeiro trimestre do mesmo ano. A economista Zeina Latif, afirmou que os números recentes da economia americana podem acender um alerta.

ANÚNCIO

Trump é responsável

Na semana passada, o presidente Donald Trump discursou sobre o adiamento das eleições, mesmo que marcadas pela Constituição dos Estados Unidos, para o dia 3 de novembro. Mesmo sem basear as suas afirmações, o republicano disse que as votações por correio seriam as mais fraudulentas da história do país.

A economista Monica de Bolle, do Peterson Institute, diretamente de Washington afirmou “Quanto mais estreita a margem do resultado da eleição, maior a chance de crise constitucional neste país, porque Trump claramente vai questionar o resultado das eleições e jogar este país numa crise constitucional”.

No caso da vitória de seu principal rival, o democrata Joe Biden, é possível que Trump crie discussões a respeito da confiabilidade das eleições. Por isso, uma crise constitucional atingiria o país, o que enfraqueceria, ainda mais, o dólar. E por fim, a pesquisadora conclui que, o recente pronunciamento feito por Trump, afetou na moeda.

Juros como forma de fortalecer a economia interna

O banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, resolveu por manter as taxas de juros estadunidenses na faixa entre 0% e 0,25%. Assim, se torna menos proveitoso aos investidores de optar por ações no dólar. Por outro lado, é uma bela jogada americana para fomentar a economia interna do país.

Dólar ainda no topo

Os especialistas mundiais ainda apostam que os Estados Unidos irá conseguir surpreender na economia.

Como mais uma explicação do porquê da desvalorização da moeda não, incisivamente, ser sentida dentro do país, está que ela ainda é o porto seguro no mundo do investimento. O dólar não tem um substituto em potencial e por isso, é o mais confortável a ser utilizado.

E ademais, há quem acredita que as notícias negativas sobre a maior queda histórica do PIB americano é algo que ainda será ajustado.

ANÚNCIO