Em 17 julho, John Lewis, um dos pioneiros nos movimentos em busca dos direitos civis dos Estados Unidos, faleceu com 80 anos. A algum tempo o político já estava afastado das obrigações legislativas por estar enfrentando um câncer no pâncreas.
Mesmo durante o tratamento, Lewis continuava lutando pelos direitos civis dos cidadãos americanos. A última aparição que o político fez em público foi no protesto anti racista, que estava acontecendo perto da Casa Branca.
A notícia sobre a morte de John Lewis foi dada pela presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, na madrugada do dia 18 de julho. Ela se lamentou muito e afirmou que os Estados Unidos estava perdendo um dos maiores heróis da história do país.
Entenda um pouco mais sobre a trajetória de John Lewis.
A trajetória de John Lewis
Lewis nasceu no alabama, na cidade de Troy, no ano de 1940. Ele era o quarto entre os 10 irmãos e cresceu em uma comunidade camponesa negra, o jovem percebeu muito cedo que existia uma segregação por conta da cor de sua pele.
Então, rapidamente ele se juntou com outros ativistas e com apenas 21 anos de idade ajudou a fundar um movimento que se chamava “Passageiros da Liberdade”. Eles lutavam contra a segregação racial que acontecia nos transportes públicos dos Estados Unidos.
Depois, em 1963, Lewis foi um dos líderes mais jovens na manifestação de Washington, aquela em que Martin Luther King fez seu famoso discurso conhecido pela frase “I have a dream” (que em português significa “eu tenho um sonho”).
Momentos que marcaram a história
Apenas 2 anos depois, Lewis quase morreu em outra manifestação anti racista que aconteceu no Alabama, na cidade Selma. Por lá o jovem teve o seu crânio fraturado pela polícia, mesmo sendo um movimento considerado pacífico.
“Domingo Sangrento” foi como chamaram aquele dia que ficou na história. Após exatamente meio século, Lewis andou de mãos dadas com o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, no local onde havia acontecido o protesto histórico.
Vale lembrar que John Lewis começou a fazer parte do Congresso dos Estados Unidos no ano de 1986 e rapidamente ele conseguiu ser uma das vozes que mais tinha poder quando o assunto era a defesa da justiça e igualdade.
O anuncio da morte de Lewis
Nancy Pelosi publicou uma nota para anunciar a morte do icônico John Lewis. A presidente da câmara afirmou que o político era reverenciado dentro do Capitólio, que todos estavam de coração partido por uma perda tão grande.
“John Lewis era um titã do movimento pelos direitos civis, cuja bondade, fé e bravura transformaram nossa nação, desde a determinação com que ele encontrou discriminação nos balcões de almoço, até a coragem que ele demonstrou quando jovem, enfrentando a violência. Ele trouxe liderança moral ao Congresso por mais de 30 anos”, explicou em nota divulgada.
Depois do anúncio oficial, vários políticos fizeram publicações em suas redes sociais lamentando a morte de Lewis. Entre eles estava o presidente da França, Emmanuel Macron, e a senadora norte americana, Elizabeth Warren.
