Mulher vive 2 anos em cima de árvore milenar para evitar sua derrubada

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A ativista pelo meio ambiente, Julia “Butterfly” Hill, viveu em cima de uma sequoia por 2 anos no norte da Califórnia. Uma empresa madeireira desejava cortar a árvore milenar. Como forma de protesto, Julia se ofereceu para ficar em cima da sequoia e impedir o desmatamento.

Depois de 738 dias, a ambientalista só abandonou a sua nova casa quando houve um acordo de preservação da árvore e das outras plantas ao seu redor.

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Mulher vive 2 anos em cima de árvore milenar para evitar sua derrubada
Fonte: (Reprodução/Internet)

Importância da vegetação californiana

As sequoias são árvores gigantes que podem alcançar mais de 80 metros de altura. Estas plantas espetaculares são conhecidas por fazerem parte das florestas da Califórnia.

Existem registros de 1853 que indicam a derrubada destas árvores por garimpeiros em busca de ouro. Desde então, as sequoias se tornaram produto de lucro para os madeireiros.

Em 1997, Julia “Butterfly” resolveu proteger um dos bens que estava na mira do desmatamento. Ao subir em uma sequoia de 55 metros, a ativista decidiu por tornar a sua casa até que desistissem de derrubar a árvore.

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Desafios

Ao ocupar a árvore, Julia a apelidou de Luna. O seu espaço inicial para viver era de 2,5 metros por 1,5. O espaço era pequeno, mas nem mesmo a ambientalista esperava por passar 2 anos nas alturas.

A empresa que desejava derrubar a árvore não cedeu por um ano, então Julia precisou construir outra plataforma, e assim o fez. Para alimentar-se era preciso puxar por uma corda. A sua cama era um saco de dormir.

Um dos maiores desafios da ativista foi o clima da região. A floresta da Califórnia é conhecida por ser muito úmida, com verões secos e invernos nevosos. Mesmo utilizando plástico, a sua base era molhada com tanta umidade. Além disso, as tempestades eram muito nocivas, prejudicando várias vezes o seu acampamento.

A madeireira também tentou fazer com que Julia descesse. A companhia chegou a impedir que a comida da ambientalista chegasse até ela, e instalou buzinas para que a mesma não conseguisse dormir.

Em entrevista à BBC, Julia disse que quase desistiu diversas vezes, ou por medo de morrer de frio, ou por não aguentar mais as condições as quais estava submetida. Porém, afirmou que a natureza deu a ela motivação para continuar o seu protesto.

Conquista

O ato de bravura de Julia conquistou um espaço no debate americano. Após conseguir o apoio de outros ativistas, a causa arrecadou US$ 50 mil e pagou à madeireira que por fim, em 1999 acordou não derrubar a sequoia e 12 mil metros quadrados da região.

Ao descer da árvore depois de tamanho tempo, a ambientalista não conseguiu ficar em pé com tanta emoção.

Com o passar dos anos, a ativista escreveu o livro “The Legacy of Luna: the story of a tree, a woman, and the struggle to save the redwoods”.

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