O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, perde popularidade em meio ao caos da pandemia e pelo processo de saída do Reino Unido na União Europeia. A inquietação que assola os deputados do seu partido, Partido Conservador, coopera para o status.
Nos últimos anos, com a ideia da saída do Reino Unido da União Europeia, Johnson utilizou do Brexit para alavancar sua carreira, prometendo um futuro dourado para o Reino Unido, cujo acontecimento é esperado pela população britânica e aliados ao seu governo.
Além disso, Boris Johnson preferiu usar um discurso que despertasse esperanças e expectativas, ao invés de direcionar e solucionar problemas em seu governo, como o caso do coronavírus, ao qual o início da pandemia foi flexibilizado por sua autoridade, resultando em consequências e óbitos.
A relação da impopularidade com o coronavírus
O governo de Johnson reagiu tarde ao avanço da Covid-19, cujos efeitos foram significativos no sistema de saúde. O setor sofreu colapso nas UTIs e em seguida o número de mortes foi aumentando diariamente, a medida que o sistema não conseguia mais controlar.
Para resolver o erro, o ministro que também foi diagnosticado com o vírus, prometeu realizar uma estratégia de testes e rastreamento em massa de infectados, porém não conseguiu cumprir nas primeiras fases devido à falta de recursos e de organização na gestão.
Ainda assim, o seu governo teve que assistir à queda da economia britânica, enfrentando também o caos das reaberturas de escolas e universidades. E agora o momento é de mais preocupação, o aumento de contágios no Reino Unido tem voltado.
Johnson desafia violar o Brexit e a oposição reage
No dia 14 de setembro, na Câmara dos Comuns, Johnson foi criticado por grande parte dos integrantes do seu partido. O motivo estaria no intuito de violar um projeto de lei, de forma unilateral as cláusulas fundamentais do Acordo de Retirada da União Europeia, o Brexit.
A reação interna de seus aliados foi revoltante, os conservadores ficaram alarmados pelo dano que a nova lei acarretaria à reputação do país. Dois assessores jurídicos de alto nível do Governo renunciaram em protesto contra a imposição. Duas dezenas de deputados se abstiveram no Parlamento.
A UE teve que emitir um ultimato, quando faltam pouco mais de três meses para tentar fechar um futuro acordo comercial que evite um Brexit rígido. Embora com toda essa movimentação, o político britânico ainda tem mais quatro anos de mandato pela frente.