Cresce o número de candidatos da área da saúde nas eleições de 2020

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Dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que em 2020 mais de 19 mil candidatos com profissões da área da saúde se elegeram nas eleições deste ano. Entre eles estão técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, biomédicos e enfermeiros. 

Em 2016, no último ano do pleito municipal, esses profissionais eram menos de 17 mil candidatos, ou seja, houve um aumento de 15% na área da saúde, liderando a candidatura os fonoaudiólogos com uma alta de 48%. 

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Enquanto os técnicos de enfermagem seguem com a maior ocupação de candidatos, seu aumento em relação há quatro anos foi de 1,4 mil candidatos. 

Cresce o número de candidatos da área da saúde nas eleições de 2020
Fonte: (Reprodução/Internet) 

Aumento é efeito da pandemia, inferem especialistas 

Especialistas consultados pelo portal de notícias G1, afirmam que a alta de candidaturas da área de saúde não é um acontecimento inesperado, tendo em vista o cenário atual do país, cujo tema da saúde é o problema público mais debatido no Brasil desde o começo da pandemia

Um evento que marcou os profissionais e o governo, foi o presidente Bolsonaro ter negado indenização aos profissionais de saúde.

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Uma das promessas de campanha dos profissionais envolve a melhoria dos serviços de saúde junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Devido à crise econômica originada no país, o SUS encontra-se sobrecarregado com uma clientela ainda maior. 

“A pauta de saúde ocupou espaços de maior relevância neste ano. Este é o momento de o candidato criar um elo de maior conexão com o eleitor. Durante essa perspectiva que se insere o aumento de candidatos vinculados à saúde”, comentou Eduardo Grin, cientista político da FGV-SP. 

Cargos disputados e marketing político 

Dos 19,4 mil candidatos da saúde, a maioria (87%) busca uma vaga de vereador nas cidades, a escolha tem relação com o apelo eleitoral ainda maior no ligamento de suas candidaturas com a sua área de atuação no mercado profissional. Logo, sendo uma estratégia de marketing político para render votos. 

O restante se elegeu aos cargos de prefeito e de vice-prefeito, podendo também ocupar os cargos de executivos municipais, conforme aponta o cientista político. 

“Saúde é responsabilidade municipal. Para um candidato, pode ser uma estratégia importante de campanha mostrar-se capaz de organizar a política de saúde na cidade”, afirma Grin.

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