Nesta sexta-feira (9), Armênia e Azerbaijão irão negociar um acordo de paz em Moscou, o intuito é estabelecer um fim do conflito na região separatista de Nagorno-Karabakh. O governo russo convidou os dois chanceleres das nações para uma reunião e solicitou suspensão dos combates na região.
A Armênia e Azerbaijão estão localizadas no Cáucaso, uma região entre a Europa oriental e a Ásia ocidental, que já pertenceram à União Soviética entre anos de 1922-1991. São encontradas nessa área, reservas de petróleo e jazidas de metais.
A Rússia com o intuito de promover o encontro dos dois países, possui aliança militar com os armênios e mantém boas relações com o governo azeri, evidenciando o seu desinteresse nos conflitos da região.
O conflito entre Armênia e Azerbaijão
Conheça um pouco mais sobre os principais motivos do conflito entre os dois países:
- Disputa territorial: armênios reivindicaram controle da república autodeclarada de Nagorno-Karabakh, também conhecido como Artsakh, abriga quase 150 mil pessoas e está situado dentro das fronteiras do Azerbaijão;
- Dois discursos: armênios argumentam que são a maioria étnica, por serem 95% da população, enquanto os azeris acreditam que a região faz parte de um território histórico do Azerbaijão. As questões étnicas já resultaram em uma guerra em 1988, cerca de 30 mil pessoas morreram;
- Religiões distintas: Nagorno-Karabakh é povoada tanto por armênios que são maioria do cristianismo, quanto por azeris que são seguidores do Islã;
- Grupo de Minsk: em 1990 surge o grupo com participação dos EUA, Rússia e França, essa aliança conseguiu negociar uma paz entre os dois países. Sendo que Nagorno-Karabakh continuou sob controle territorial do Azerbaijão, apesar deste acusar Minsk de favorecer os armênios.
E, por último, os países se dividem no apoio a ambos, favorecendo a estrutura militar de cada nação.
Metade da população se desloca por conta do conflito
Desde o dia 27 de setembro, a onda de conflitos Nagorno-Karabakh permanece diariamente. Separatistas armênios da autoproclamada República de Nagorno-Karabakh e forças do Azerbaijão entraram em confronto, resultando uma estimativa de 300 a 400 mortos, os quais cinquenta deles eram civis.
Os dados não seguem de forma exata, pois os dois lados estipulam seus pareceres. Até então, os pedidos da comunidade internacional não tinham surtido efeitos. E o resultado de toda essa divergência obrigou a 70 mil pessoas (metade da população) de Nagorno-Karabakh, deixasse as suas casas.
