A corrida para desenvolver uma vacina contra a Covid-19 está se tornando mais intensa e avançada. Isso porque, através de um comunicado compartilhado com jornais, o laboratório Moderna anunciou que seu composto imunizante apresentou 95% de eficácia contra o vírus.
Apesar da afirmação, os dados não foram publicados ou revisados por outros especialistas, e se baseiam em análises preliminares obtidas na terceira fase do estudo. Por meio dessa divulgação, as vacinas têm uma porcentagem maior do que os especialistas do setor esperavam.
A empresa revelou que, em uma avaliação inicial, 95 casos de infecção por Covid-19 foram encontrados duas semanas após a aplicação da segunda dose de imunização. Ao todo, o projeto reuniu mais de 30.000 voluntários que foram vacinados contra o novo coronavírus.
Maioria dos casos não recebeu vacina contra Covid-19
De todos os casos diagnosticados como positivos, 90 deles foram registrados no grupo que recebeu o placebo, e 5 no grupo vacinado com o composto imunizante. Ainda existem 11 casos graves entre os pacientes, mas nenhum deles foi vacinado, pois fazem parte do grupo de controle.
Ainda em concordância com os resultados, a vacina não apresentou problemas sérios de segurança, no entanto, os participantes relataram alguns efeitos colaterais, como fadiga, dor de cabeça ou dor no local da injeção. Apesar disso, os sintomas desapareceram rapidamente.
“Esses efeitos são o que esperaríamos de uma vacina que está funcionando e induzindo uma boa resposta imunológica”, informou o professor Peter Openshaw, do Imperial College London.
Vacina da Moderna foi baseada em tecnologia de genes
O composto da Moderna foi desenvolvido usando tecnologia baseada em genes. Como os pesquisadores conhecem os genes do vírus nos quais estão trabalhando, a criação desse tipo de programa imunológico se tornou relativamente simples — aqui, graças ao sequenciamento genético do vírus no início do surto.
A empresa também usou o anúncio à imprensa para comunicar algumas das informações armazenadas de sua invenção. Segundo relatos, a vacina pode durar 30 dias na geladeira, à temperatura de 2ºC a 8ºC. Isso ajudará na distribuição e no inventário da mesma em maior escala.
Agora, o plano da Moderna inclui a exigência de autorização da Food and Drug Administration dos EUA para usar a vacina com urgência e começar a sua produção em massa. Segundo a farmacêutica, são esperadas 20 milhões de doses até o final de 2020.
