A maioria dos brasileiros foi obrigada a deixar suas casas para participar das eleições municipais de 2020, isso porque é necessário ir às urnas para confirmar a validação da votação. No entanto, um projeto recente visa introduzir tais funções às telas de smartphones e computadores.
Esta iniciativa se trata de uma proposta para as eleições de 2022 no país. No primeiro turno eleitoral deste ano, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aprendeu algumas técnicas tecnológicas que podem ser utilizadas na próxima disputa.
O ministro e vice-presidente do TSE, Edson Fachin, também conheceu o trabalho de companhias especializadas que podem, em breve, oferecer o serviço de votação online. A apresentação foi realizada em Valparaíso de Goiás, e contou com aplicativos de reconhecimento facial e sites com criptografia ponta a ponta.
Votação digital reduziria custos do modelo tradicional
Além de trazer comodidade ao eleitor brasileiro, o objetivo do voto digital é reduzir custos, pois, segundo Barroso, embora as urnas eletrônicas sejam seguras, a substituição desses aparelhos ainda exige um alto valor. Essa aquisição leva a um processo de compra longo e complicado, segundo especialistas.
Por isso, o TSE lançou em setembro deste ano o projeto “Eleições Futuras”, que estuda novas formas de promover o voto no Brasil. O presidente do tribunal afirmou que seu objetivo é analisar as propostas de 31 empresas cadastradas na chamada pública, iniciada pelo TSE, e implantar gradativamente o sistema digital até 2022.
“Nós convocamos empresas de tecnologia a apresentarem soluções tecnológicas para que a votação possa ser feita pelo próprio dispositivo do eleitor […] O objetivo, portanto, é esse: baratear o custo da eleição digital brasileira e evitar as complexidades”, acrescentou Barroso.
Demonstrações de voto virtual chamou atenção, diz presidente
Em São Paulo e Curitiba, um total de 26 companhias realizaram essas ilustrações. Deve-se notar que alguns dos sistemas introduzidos têm sido usados como ferramentas nas eleições para certas instituições, sendo possível citar como exemplo, os sindicatos.
Segundo o presidente do TSE, ele ficou muito impressionado com os potenciais auxílios que o novo sistema de eleição digital poderia oferecer, e ainda destacou que irá ser preciso considerar todas as possibilidades futuras para adotar o método.