Chacinas na Colômbia evidencia crise de segurança no país

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Desde agosto ocorre na Colômbia uma série de chacinas, deixando no mês anterior 45 mortos, obrigando o presidente Iván Duque a conter o problema. Essa recente onda de matanças no país evidencia uma crise de segurança que os colombianos enfrentam há anos. 

Tal crise é assinalada nos indicadores de violência, sendo que há dois anos esse tipo de episódio tem ocorrido no mandato de Duque. Com isso, segundo investigações dos dados nos últimos anos, o escritório de Direitos Humanos da ONU registrou 36 massacres em 2019, sendo este ano, no último mês, a superação desse número. 

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Uma organização independente, a Indepaz, tem se dedicado a investigar os conflitos armados acontecidos na Colômbia, e indica que desde o começo do ano já houve 60 massacres, sendo nove deles em Cauca, região disputada pelo Exército de Libertação Nacional (ELN). 

Chacinas na Colômbia evidencia crise de segurança no país
Fonte: (Reprodução/Internet) 

Grupos paramilitares disputam Cauca e Nariño 

“Não é que voltaram, infelizmente esses fatos de homicídios coletivos nunca foram embora”, disse o presidente Iván Duque, em nota publicada pelo portal El País.

O Ministério de Defesa tem recebido críticas com o termo “homicídios coletivos” ao fazer referência às chacinas.

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Enquanto o presidente colombiano se concentra na pandemia do coronavírus, os grupos paramilitares do ELN, considerado a última guerrilha ativa na Colômbia, e por dissidentes da extinta guerrilha FARC, disputam entre si as rotas do narcotráfico e o controle do território em regiões da Cauca e Nariño. 

Os protestos e as suas mortes 

Somado a ação dos paramilitares, os protestos contra a brutalidade da polícia colombiana foram intensificados após o advogado Javier Ordóñez ter sido morto após torturas com a descarga de uma pistola taser, mesmo quando implorava para os policiais pararem. 

O caso de Ordóñez gerou uma revolta, e várias manifestações foram organizadas na Colômbia. Durante os protestos na segunda semana de setembro foram registradas dez mortes e 248 pessoas ficaram feridas, sendo 66 delas por armas de fogo. A maioria das mortes foi de jovens, vítimas de balas perdidas.

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