Pesquisadores da Universidade de Copenhagen divulgaram um estudo na revista Nature, informando o número inesperadamente alto de árvores existentes no deserto do Saara e do Sahel. Foi constatado em 1,8 bilhão de plantas, especificamente, algo não esperado por nenhuma comunidade científica.
O primeiro pensamento que se tem quando se ouve ou se lê ‘Saara’ é aquela imagem vasta de deserto ou com planícies de areia que se estendem ao infinito no campo visual. Porém o que o estudo indica é o contrário, a presença de centenas de milhões de árvores dispersas na região reverberou uma nova reprodução do local.
Isto é, um grupo de pesquisadores da Dinamarca juntamente com uma equipe da Nasa e outros times internacionais, conseguiram contar de um a um, a quantidade das plantas em uma área que corresponde a 1,3 milhão de quilômetros quadrados na região da África.

Identificação das plantas incluiu inteligência artificial
O estudo indicou que a área pesquisada para contabilizar as árvores, só corresponde a 20% do Saara, e existir muito mais no restante do território. O trabalho contou com a participação de imagens de satélites de alta tecnologia para direcionar e evidenciar os locais.
A equipe registrou mais de 11 mil imagens com um equipamento de inteligência artificial para aprendizagem profunda, o qual possibilita identificar as proximidades e coordenadas das árvores.
Para que não seja confundido árvore e arbusto, foi feito um esquema nos próprios computadores cujo especialistas decidiram contar apenas as copas que possuíam uma área superior de três metros quadrados, e com isso, ter a certeza de que era uma árvore.
Consumidoras de carbono e importante para habitantes
O relato de pesquisadores na pesquisa assinalou que por mais que a quantidade seja grande no deserto, a sua função nessa região acaba sendo menor do que o papel das árvores nas grandes selvas e florestas.
Isso porque a capacidade de absorção de dióxido de carbono da atmosfera é bem menor, apesar que nestas áreas semiáridas e subúmidas, as plantas acabam por ser eficazes consumidoras de carbono.
Além disso, foi destacado a importância dessas árvores para os moradores das regiões, sendo elas fundamentais para a alimentação, fertilização do solo, como também maior produtividade e sombra para abrigo de humanos e animais.