Caso Witzel – Governador cobrava 10% de estados para repassar verba da saúde

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Denunciado pelo Ministério Público Federal, o governador afastado Wilson Witzel, tem seu nome revelado pelo empresário Edson Torres em um depoimento sobre o possível esquema de corrupção no setor da saúde.

A investigação, juntamente com a colaboração premiada do empresário, indiciou que o governador do Rio cobrava um percentual de 10% para repassar verbas do Fundo Estadual de Saúde a sete municípios do estado.

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Conforme denúncia do MPF, essa porcentagem repassada pelo Fundo teria que ser devolvida à organização criminosa, liderada por Witzel, na qual o próprio Edson Torres também participava do núcleo econômico. 

Caso Witzel - Governador cobrava 10% de estados para repassar verba da saúde
Fonte: (Reprodução/Internet) 

O depoimento prestado de Edson Torres ao MPF 

Segundo a delação do empresário, o então secretário da saúde Edmar Santos, decidiu criar o esquema para distribuir R$ 600 milhões aos municípios por meio do Fundo Estadual de Saúde. 

O motivo de estabelecimento desse esquema, seria porque os municípios estavam com dificuldade de cumprir o coeficiente mínimo de aplicação de recursos da Saúde. 

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O objetivo era fazer esse valor de milhões entrar no cálculo dos recursos a serem aplicados no setor da saúde, como determina a Constituição.

Nesse contexto, Edson admitiu participar das negociações que dividia as verbas, determinando que sete municípios repassassem 10% do valor recebido pelo fundo. Os municípios seriam: 

  1. Petrópolis;
  2. Saquarema;
  3. São João de Meriti;
  4. São Gonçalo;
  5. Magé;
  6. Itaboraí;
  7. Paracambi.

O envolvimento do pastor Everaldo

No depoimento, o empresário Edson também colocou a participação do pastor Everaldo, afirmando que o religioso também recebia o repasse das verbas

O Pastor Everaldo foi preso no dia 28 de agosto na Operação Tris in Idem, a qual apurava os esquemas de corrupção na Saúde do estado do RJ. Devido a essa operação, foi determinado o afastamento do governador Wilson Witzel. 

Apesar de ser afastado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça, Witzel nega ter se envolvido no esquema de corrupção e declara que sem esse repasse de verbas a pandemia do coronavírus no Rio teria sido muito pior, disse ele em suas redes sociais.

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