Em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (partido Aliança pelo Brasil), anuncia a possibilidade de extensão do auxílio emergencial para até o fim do ano. De acordo com Bolsonaro, após discussões com o Ministro da Economia Paulo Guedes e equipe do governo, o valor atual das parcelas é onerosa para União, e por isso, considera diminuí-la.
A medida de auxílio aos trabalhadores na pandemia pode custar para os cofres públicos um rombo de estimados R$ 450 bilhões até dezembro. Ainda assim, em uma clara jogada política, mirando sua reeleição, o presidente quer a sua aprovação.
Nova votação deve acontecer no Congresso Nacional, caso se decida mesmo reduzir o seu valor, diálogo que Bolsonaro também já manifestou ter tido com Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara dos Deputados.

Notícias já apontavam há algum tempo para a autorização da extensão das parcelas do auxílio emergencial, assim como a redução de seu valor. Proposta que em breve deverá ser discutido no Casa dos Deputados em rito de votação. Rodrigo Maia, sinalizou que deve analisar o documento enviado pelo governo.
Outrora a sua aprovação, o valor das parcelas do auxílio durante a pandemia, foi alvo de grandes discordâncias entre os parlamentares e o seu corte próximo às eleições, não será bem visto, o que provavelmente levará a resistências.
Rodrigo Maia, em entrevista para o Roda Vida (19), manifestou-se favorável sobre a atual decisão do presidente em manter as parcelas do auxílio, porém mirando seu encolhimento.
“Foi uma decisão correta, mas o impacto fiscal é muito grande, e o Brasil não suporta continuar com o mesmo valor”. Declarou o presidente da Câmara dos Deputados na última quarta-feira.
Mirando a reeleição
Com diversas pautas em sua pasta econômica e social, Bolsonaro parece mesmo estar mirando sua reeleição, esse fato pode ser evidenciado pelo discurso incongruente do presidente. Em uma fala anterior sobre a possibilidade de prorrogação das parcelas do auxílio, Bolsonaro se mostrou reticente, mencionando a incapacidade da União manter o compromisso, no entanto, sua aprovação se deu.
A exploração de agenda política positiva, vem engajando o presidente em projetos com o selo do governo, mirando 2022. Em pronunciamento durante campanha de fomento ao voluntariado no país, fez referência a campanha, projetando-a.