Alerta: primeiro caso de reinfecção do novo coronavírus é registrado

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Nesta segunda-feira (24), cientistas afirmaram o primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus (Sars-CoV-2) em Hong Kong, na China. A Organização Mundial da Saúde pediu precaução nas possíveis conclusões.

O artigo foi aprovado para a publicação na “Clinical Infectious Diseases”, revista científica da Universidade de Oxford, mas ainda não foi lançado. O homem de 33 anos descobriu que estava infectado novamente ao voltar de uma viagem à Espanha. Na segunda contaminação, o indivíduo está assintomático.

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Alerta: primeiro caso de reinfecção do novo coronavírus é registrado
Fonte: (Reprodução/Internet)

O que diz a ciência

Os pesquisadores científicos concluíram a reinfecção pelo novo coronavírus ao sequenciar o genoma do vírus. O material genético da doença é formado por RNA, o qual é composto por sequências de bases nitrogenadas. 

Foi comprovado que o material genético do segundo vírus possui a ordem diferente do vírus da primeira contaminação. Em um comunicado desta segunda-feira, cientistas da Universidade de Hong Kong disseram: “ Um paciente aparentemente saudável e jovem teve um segundo caso de infecção pela Covid-19 diagnosticado 4 meses e meio depois do primeiro episódio”.

O artigo foi aprovado para o lançamento na “Clinical Infectious Diseases”, da Universidade de Oxford. Inclusive, a instituição trabalha nos testes de uma vacina desenvolvida na mesma. A vacina está na última fase de testes, a terceira. A imunização está sendo experimentada no Brasil e em vários países.

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O paciente

O reinfectado é um homem de 33 anos e dito como aparentemente saudável pelos cientistas. A primeira contaminação pelo novo coronavírus foi constatada em 29 de março, mas o indivíduo não apresentou sintomas graves.

Ao realizar uma viagem à Espanha, no aeroporto foi necessário realizar uma triagem. Ao testar positivo novamente, o homem foi hospitalizado, porém desta vez sem sintomas.

O principal aspecto observado pelos pesquisadores foram os anticorpos do reinfectado. Mesmo depois da primeira infecção pela doença, o paciente não apresentava os glóbulos brancos quando houve a segunda contaminação.

Após 5 dias que o paciente começou a produzir anticorpos. As possibilidades para os cientistas é que ele pode não ter desenvolvido quaisquer anticorpos na primeira infecção, ou ele desenvolveu a defesa, mas os anticorpos foram desaparecendo com o tempo.

Este fato fez os cientistas afirmarem que a doença pode ser ainda mais grave. Além disso, ressaltaram que mesmo que o paciente em questão é assintomático, outros casos de reinfecção podem apresentar sintomas graves.

Possível caso no Brasil

A Universidade de São Paulo apontou, no início do mês, a possibilidade de um caso de reinfecção no país. Trata-se de uma técnica de enfermagem, em Ribeirão Preto, São Paulo.

Após 50 dias de ter testado positivo para o novo coronavírus, a profissional da saúde novamente apresentou sintomas e teve um novo teste positivado.

OMS afirma que reinfecção ‘é possível’

Maria van Kerkhove, líder técnica do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde acredita que é possível o primeiro caso de reinfecção. Em comunicado, a profissional disse:

“Acho que é importante colocar isso em contexto. Houve mais de milhões de casos relatados até agora, e precisamos olhar para isso a nível de população. É muito importante que documentemos isso, e, em países que podem fazer isso, que o sequenciamento seja feito. 

Isso ajudaria muito. Mas não podemos pular para nenhuma conclusão, mesmo que esse seja o primeiro caso documentado de reinfecção”, afirma a líder técnica.

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