Na segunda-feira (26), a Nasa, agência espacial dos EUA, divulgou em dois artigos na revista científica Nature Astronomy, evidências conclusivas da existência de água na Lua. Com essa recente descoberta, a expectativa de estabelecer uma base lunar por ela foram aceleradas, influenciando futuros planos.
A ideia da agência é sustentar a base usufruindo do recurso disponível. Apesar do líquido já ter sido detectado em algumas partes da superfície lunar, nenhuma delas evidenciaram tanta abundância como esta última evidência.
O local onde foi detectado água pelos cientistas se encontra em regiões iluminadas pelo sol, uma outra novidade, tendo em vista que as detecções passadas do recurso haviam sido encontradas somente em áreas com sombras permanentes de crateras lunares.
Telescópio Sofia reconheceu as moléculas de água
O processo investigativo de recursos naturais em solo lunar só foi possível com o auxílio de um telescópio infravermelho, conhecido como Sofia, que realiza voo em grande parte da atmosfera da Terra proporcionando uma visão ampla e acessível do Sistema Solar.
O telescópio conseguiu reconhecer a cor característica das moléculas de água. A partir disso foi possível considerar a hipótese de que a água está sendo armazenada em bolhas de vidro lunar ou em grãos presentes na superfície, protegendo-a do ambiente desfavorável.
Base lunar e habitação permanente são planos da Nasa
Os autores dos estudos disseram em entrevista ao portal BBC News, que a quantidade de água encontrada equivale a uma garrafa de 350 ml em um metro cúbico de solo lunar. Sendo que a disponibilidade deste recurso na área registrada será o local de estabelecimento da base da Nasa.
O objetivo do assentamento da base lunar próxima à água é para que a exploração espacial se desenvolva de maneira um pouco mais sustentável, conforme os cientistas. Além disso, eles acreditam que a nova descoberta permite a expansão de uma habitação permanente para os astronautas.
