Nesta sexta-feira (9), o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP, em inglês) foi agraciado com o Nobel da Paz de 2020. O projeto atua desde 1961, após solicitação realizada pelo presidente americano Dwight Eisenhower.
O programa é responsável por combater a fome no mundo, atuando em situações de emergências nos países afetados por guerras e conflitos, onde há mais tendência a desnutrição da população. Segundo dados próprios mais de 15 bilhões de refeições são distribuídas anualmente.
O órgão possui ligação com a ONU, cuja sede está localizada em Roma, e é a maior entidade combatente aos problemas de fome, promovendo segurança alimentar em todo o mundo. Cerca de 97 milhões de pessoas em 88 países são atendidas pela WFP.
Empenho da WFP é elogiada pelo comitê
O WFP Centro de Excelência contra a Fome, também assim chamado, aproxima países que enfrentam desafios similares no campo de segurança alimentar e nutricional, com foco em programas de compra local.
Segundo a Academia Sueca, o programa foi premiado pelos seus esforços em combater a fome e pela sua contribuição para melhorar as condições de paz em áreas afetadas por conflitos internos e externos, além de atuar nos esforços para prevenir o uso da fome como arma de guerra e conflito.
“Mesmo que a WFP fosse um merecedor do prêmio sem a pandemia, com a Covid-19 os motivos ficaram mais evidentes, sendo que a comida está menos disponível com o atual cenário de crise sanitária”, comenta a equipe do comitê durante divulgação.
Atuação do programa no Brasil
O WFP Centro de Excelência contra a Fome Brasil é resultado de uma parceria que existe desde 2011 entre o WFP e o Governo brasileiro. Conheça as áreas em que o programa atua:
- Alimentação escolar: mediante programas alimentícios, cujos impactos sejam positivos na saúde e na nutrição de crianças e adolescentes;
- Agricultura familiar: ampliando o acesso e parceria na venda dos produtos de agricultores familiares em mercados locais. Contribuindo na melhora da produção de alimentos e na diminuição da vulnerabilidade de famílias rurais;
- Agricultura comercial: a escoação dos alimentos produzidos em consórcio com culturas de commodities, como o algodão, gera contribuição na segurança alimentar e nutricional, resultando em impacto social e econômico para agricultores familiares;
- Fortalecimento de capacidades: serviços de troca de conhecimento e promoção de parcerias entre envolvidos nacionais e internacionais, além do oferecimento de serviços de assessoria técnica e política.
Por último, mas não menos importante, o projeto atua no campo de desenvolvimento de pesquisas na construção de políticas públicas para os países.
