Nesta terça-feira (12), a Anvisa informou que se reunirá no próximo domingo (17) para possivelmente divulgar os resultados dos pedidos para uso emergencial das duas vacinas contra o novo coronavírus, Butantan/Sinovac e Fiocruz/Oxford/AstraZeneca.
A Diretoria Colegiada se reúne para concluir a aprovação ou não dos imunizantes. A data marcada corresponde ao penúltimo dia do prazo divulgado pelo próprio órgão para finalização da análise. O resultado sairia em 10 dias.
No último sábado (9), o órgão divulgou que toda a documentação enviada pela Fiocruz havia sido aceita. Contudo, mais dados sobre a CoronaVac, do Instituto Butantan, foram solicitados por falta de informações. O Butantan enviou todos os dados que faltavam e a análise continua.
Butantan apresentou dados de eficácia global da CoronaVac
Nesta terça-feira (12), o Butantan apresentou, em coletiva de imprensa, a taxa de eficácia global do imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac. A CoronaVac obteve 50,38% de eficácia geral em ensaios clínicos realizados no Brasil.
O percentual é aceito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Anvisa para a solicitação de registro emergencial. O índice mínimo é de 50%. Anteriormente, havia sido divulgada a eficácia para casos leves de 78%.
Já para casos moderados a graves, como internação ou morte, a vacina protegeu 100%. A eficácia global inclui a contabilização de todos os grupos. Na prática, em uma população vacinada, 50,38% não se contamina, enquanto 78% dos casos leves são reduzidos a sintomas menos agressivos.
Vacinados por imunizantes emergenciais deverão assinar termo de responsabilidade
As duas instituições brasileiras enviaram os pedidos de uso emergencial à Anvisa na sexta-feira (8). A solicitação do Instituto Butantan deve contemplar a vacinação com as 6 milhões de doses prontas já recebidas pelo estado de São Paulo.
Já a aprovação da vacina da Fiocruz vale para as 2 milhões de doses que serão importadas do laboratório indiano Serum. O próximo passo, que deve ser para o registro definitivo, é analisado por 60 dias. No entanto, ainda nenhuma instituição solicitou pela modalidade.
O público que poderá receber uma aplicação das vacinas aprovadas emergencialmente será apenas aquele participante dos testes. Vale lembrar que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que quem receber o imunizante aprovado para uso emergencial terá que assinar um termo de consentimento.
Ambas vacinas estão no plano nacional de imunização
As duas vacinas em análise fazem parte do plano de vacinação nacional contra a Covid-19, administrado pelo Ministério da Saúde. A CoronaVac foi adicionada por último. De qualquer forma, existe apenas um termo assinado, mas o pagamento só será realizado após a aprovação pela Anvisa.
A vacinação nacional deve ocorrer por fases, sendo a primeira destinada aos trabalhadores da saúde, povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas com comorbidades, professores, profissionais da segurança, população prisional (detentos e funcionários) e pessoas com deficiência permanente severa.