Um dos focos da campanha Setembro Amarelo, que ocorre anualmente, é o debate mundialmente à prevenção ao suicídio. E com a chegada da Covid-19, este se tornou mais um fator de risco para a saúde mental das pessoas.
Em um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2018, dados revelam que a depressão seria a maior causa de afastamentos do trabalho em 2020. E os dados de pessoas com a doença no mundo somava 12 milhões.
Mas com a pandemia, as pessoas tiveram que ficar mais tempo em casa, convivendo diariamente entre si, sem poder sair para interagir, e a maioria teve que conciliar vida pessoal e trabalho em um só espaço. Esses fatores podem estimular mais sintomas emocionais, como estresse, ansiedade e angústia.

A saúde mental no “novo normal”
A adaptação ao trabalho remoto, incertezas sobre o futuro e medo constante transformam as preocupações cotidianas em problemas graves de saúde mental. No “novo normal” cuidar dessas preocupações para que elas não tomem dimensões maiores, tornou-se uma prioridade.
“Além das questões relacionadas à doença, como o grande número de infectados, de internados e de óbitos, a pandemia impõe o isolamento e distanciamento social e desencadeou problemas relacionados à economia e que também acabam provocando danos à saúde mental”, disse Beto Preto, secretário da saúde do estado do Paraná em entrevista ao portal do governo.
Segundo o Centro de Inovação Sesi Longevidade e Produtividade (CIS) identificados pelo Canal de Apoio à Saúde Mental, os sintomas mais frequentes que levam o indivíduo a se render ao suicídio estão ligadas a depressão, que se iniciam com a exaustão, irritação, medo, ansiedade e estresse.
Atendimento e cuidados oferecidos pela CIS
Desde abril a CIS tem realizado atendimento via WhatsApp aos trabalhadores das indústrias paranaenses e tem permanecido no mês de setembro. No atendimento, os trabalhadores respondem a um formulário dizendo o que estão sentindo para a criação de um diagnóstico.
Em seguida encaminhados para uma conversa com profissionais de psicologia e assistência social. Além disso, a equipe do CIS elaborou uma lista com dicas para cuidar da saúde mental durante e após pandemia, são algumas:
- Praticar a gratidão. Agradecer e celebrar a vida, mesmo em momentos difíceis, são hábitos que aumentam a taxa de dopamina no cérebro, atuando como um antidepressivo;
- A equipe sugere o hábito de escrever, desabafar em tiras de papel, sentimentos bons ou não, e guardá-los dentro de um pote de vidro, relendo-os futuramente;
- Considere fazer coisas prazerosas dentro da residência. Atividades e metas que sempre quis realizar, mas nunca teve tempo, coloque em prática, isso acaba transformando a perspectiva do momento atual;
- Utilize a tecnologia ao seu favor, ligue, mande mensagens diariamente e faça chamadas de vídeo com amigos e familiares. Mantenha os seus contatos e alimente as suas relações de maneira virtual;
- Faça técnicas de relaxamento, como mindfulness e yoga, elas são recomendadas para controlar estresse, desenvolver a consciência corporal e aumentar o equilíbrio entre corpo e mente.
Por fim e não menos importante, recomenda-se que o sono seja satisfatório, considerando não passar horas em frente as telas de TV e aparelho celular. Para tal, priorize diminuir o ritmo e o brilho desses dispositivos. Uma alimentação saudável e diversificada é primordial para fortalecer o sistema imunológico.