Após a primeira aparição de sementes chinesas recebidas pelo correio, sem solicitações prévias, o Ministério da Agricultura (MAPA) informou nesta quinta-feira (01) o registro de 17 estados brasileiros mais o Distrito Federal (DF) que receberam os pacotes.
Em setembro foram registrados os primeiros casos de pessoas que compraram produtos importados pela internet e que, consequentemente, receberam sementes desconhecidas. As embalagens dos grãos informam a China como remetente, apesar do país negar o envio.
Na primeira semana de setembro, o primeiro pacote foi relatado no Rio Grande do Sul. Em seguida Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso Sul também informaram a chegada das sementes clandestinas. No momento, a MAPA contabilizou ocorrências por quase todo o país.

Sementes foram levadas para análise em laboratório
Ao todo, o ministério já recebeu 181 amostras, com etiquetas originárias da China, Malásia e de Hong Kong, região administrativa chinesa. Segundo o governo, ainda não foi apontado os riscos dessas sementes em solo brasileiro e para a população.
Porém, a iniciativa objetiva levar os pacotes para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Goiânia para serem feitas as análises técnicas. As ocorrências foram reportadas por moradores dos seguintes estados:
- Alagoas (AL);
- Amapá (AP);
- Bahia (BA);
- Ceará (CE);
- Distrito Federal (DF);
- Goiás (GO);
- Mato Grosso do Sul (MS);
- Minas Gerais (MG);
- Paraná (PR);
- Pernambuco (PE);
- Rio de Janeiro (RJ);
- Rio Grande do Sul (RS);
- Rio Grande do Norte (RN);
- Rondônia (RO);
- Roraima (RR);
- Santa Catarina (SC);
- São Paulo (SP);
- Tocantins (TO).
No dia 18 de setembro, a China constatou no China Post, os correios do país, que as etiquetas de postagem apresentam indícios de fraude.
EUA e Canadá também receberam as sementes
Em julho, bem antes de chegarem ao Brasil, os Estados Unidos (EUA) já tinham identificado a chegada das sementes misteriosas em solo americano. A ação principal foi do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que decidiu abrir uma investigação sobre o caso.
Em nota, no dia 30 de julho, o departamento anunciou a investigação contando com a participação de agências federais e departamentos estaduais da agricultura. Especialistas americanos alertaram, conforme divulgado no portal G1, que sementes vindas de outros países podem prejudicar a produção local de commodities agrícolas, como soja e milho.
A Agência Canadense de Inspeção de Alimentos, também em julho, emitiu um alerta sobre os recém pacotes de sementes chegados no país. A agência divulgou foto de um pacote encontrado e pediu para a população contactá-los caso cheguem mais remessas.