Real em 2020 é a moeda mais desvalorizada do mundo

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Segundo dados da agência internacional de notícias, Reuters, o real é a moeda mais desvalorizada do mundo em relação ao dólar, e teve o seu pior desempenho em 2020. Desde o começo do ano, o real vem apresentando queda em seu valor dentre as principais divisas globais.

A partir do levantamento da Tendências Consultoria com dados da Bloomberg, entre os dias 2 de janeiro e 14 de fevereiro de 2020, o real já tinha acumulado um desvalorização de 6,22% contra o dólar.

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Neste ranking, foram analisadas 31 moedas dos principais países do globo. Depois do Brasil, as divisas que mais perderam valor contra o dólar americano foi o rand sul-africano (-6,11%), a coroa norueguesa (-5,06%), peso chileno (-5%), florim húngaro (-4,6%) e o dólar neozelandês (-4,5%).

Real em 2020 é a moeda mais desvalorizada do mundo
Fonte: (Reprodução/Internet) 

O que dizem os economistas brasileiros 

Economistas consultados pelo portal G1, explicam que as dificuldades do governo brasileiro para equilibrar contas e fazer a economia crescer, torna investimentos no Brasil mais arriscados, além dos juros baixos contribuírem para essa desvalorização.

Os principais fatores explicados sobre a maior queda do real coadunam com a aceleração do dólar, são eles:

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  • Situação fiscal preocupante no país e não há um plano para solucioná-lo;
  • Há ausência de perspectivas de crescimento econômico;
  • Juros baixos são menos atraentes para investimentos no Brasil;
  • Crise ambiental também afasta os interessados.

Essas causas, segundo os especialistas, resultaram em uma saída recorde de investimentos estrangeiros neste ano. Já a consolidação da última onda de desvalorização cambial, o financiamento proposto para o programa Renda Cidadã, resultou em mais um agravante. 

Aumento de gastos do governo atrapalha investidores 

Nesta semana, o anúncio do mais novo programa social brasileiro, o Renda Cidadã, resultou em efeitos de retirada de investimentos em dólares no país. Isso porque o financiamento proposto pelas autoridades para o programa, poderia indicar um aumento de gastos disfarçado, e os investidores estrangeiros não desejam correr esse risco. 

A princípio, o governo propôs usar a verba destinada a pagar precatórios e o redirecionamento de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para conseguir financiar o Renda Cidadã. 

Esse anúncio gerou repercussões negativas para o governo Bolsonaro, economistas se manifestaram contra a medida nas redes sociais. Também o ministro Paulo Guedes, em vídeo, posicionou-se contrariamente afirmando que tal processo não seria feito. 

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