Segurança digital: número de ataques virtuais aumentou com isolamento social

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Somente no primeiro trimestre de 2020, o número de ataques virtuais de ransomware, que incluem coleta ilegal de dados computacionais, cresceu mais de 350% no Brasil. Os indicativos são da companhia especializada em segurança digital, Kaspersky.

De acordo com a empresa, este crescimento desproporcional está diretamente interligado à integração do home office na vida dos brasileiros. A medida foi uma solução prevista por grandes companhias para evitar a propagação do novo coronavírus.

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Além dos hackers fazerem pessoas comuns de vítimas ao implantar vírus através de promoções, como serviços de assinatura, os mesmos perceberam que os lucros reais estavam relacionados às redes corporativas, que podem ser mais atingidas e danificadas.

Segurança digital: número de ataques virtuais aumentou com isolamento social

Empresas se tornaram os principais alvos de criminosos

Da mesma forma, o custo do resgate e o número de tentativas de fraude aumentaram. De acordo com os dados, só no primeiro trimestre foram registrados mais de 3.000 domínios suspeitos relacionados à pandemia, enquanto 40% das empresas viram um aumento nos ataques digitais em sua infraestrutura.

O pesquisador de segurança sênior da Kaspersky, Fabio Assolini, disse que esse movimento reflete diretamente o escritório doméstico, onde os criminosos sabem que as empresas e os funcionários são mais vulneráveis ​​e podem acessar as redes da empresa a partir de aparelhos sem proteção, aumentando o risco de ataque.

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Segundo pesquisador, empresas não estavam prontas para trabalho remoto

Para Assolini, o rápido desenvolvimento da pandemia e os súbitos fechamentos ordenados por governos fizeram com que muitas empresas agissem rapidamente para não demitirem seus funcionários. No entanto, as medidas de segurança virtual não foram executadas na mesma velocidade.

A consequência do distanciamento social implantado nas cidades brasileiras desde o início da pandemia no Brasil, foi a entrega rápida de equipamentos aos funcionários ou a liberação de redes internas para acesso remoto enquanto os trabalhadores usam suas próprias máquinas para trabalhar.

O resultado foi, segundo Assolini, o acesso através de servidores não protegidos ou redes configuradas incorretamente, a não atualização de sistemas operacionais e a falta de software de segurança. Em todos os casos, eles são portais para malware ou aplicativos fraudulentos se infiltrarem.

Usuários precisam ter a atenção redobrada para evitarem golpes

O especialista ainda admitiu que, como muitas medidas preventivas ainda não podem ser tomadas para a doença, é recomendável prestar atenção especial aos funcionários, que devem estar atentos aos downloads, evitar clicar em links suspeitos e manter o equipamento sempre atualizado.

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