A pandemia do novo coronavírus se iniciou ainda em 2019, em dezembro, na China. Ninguém imaginaria que o vírus se alastrasse tão rápido em todo o mundo, e nem que medidas tão drásticas precisariam ser tomadas em um prazo tão curto.
Uma das medidas que mais se mostrou efetiva para frear o alastramento do vírus em todos os países foi a de isolamento social. Dessa maneira, autoridades conseguiram fazer com que os números de infectados diminuísse.
Ao menos foi isso o que aconteceu na maioria dos países. Algumas regiões do Brasil não aderiram a quarentena da forma que deveria, e mesmo assim, continua a flexibilizar a abertura de diferentes comércios, contribuindo para a piora do quadro no país.
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Flexibilização das medidas
Apesar da taxa de infecção no país ainda estar alta, e o número de mortes estar em uma curva crescente, as medidas de isolamento social estão sofrendo com um processo de afrouxamento por parte da população.
O Imperial College London, universidade renomada que está fazendo a contagem de casos nas mais diversas partes do mundo, informa que a taxa de reprodução do vírus no país está em 1,08.
Apesar do número parecer baixo, o ideal para que haja a flexibilização das medidas de isolamento é abaixo de 1. As nações mais desenvolvidas do globo, como as europeias, só começaram a reabrir o comércio quando a taxa ficou abaixo desse patamar.
Porém, no Brasil, o setor econômico acabou fazendo muita pressão pela reabertura do comércio, mesmo em situação tão complicada. Parte desse processo de desrespeito ao isolamento social, de acordo com a microbiologista Natalia Pasternak, é culpa do presidente:
“Se ele fosse uma pessoa sensata, poderia estar coordenando nacionalmente as diretrizes para reabertura (da economia) com segurança. Mas ele não é sensato, é a primeira pessoa a fazer bagunça com as informações. […]” afirma a especialista em entrevista dada à BBC News Brasil.
Especialistas advertem que o relaxamento está além do razoável, e isso pode fazer com que o país enfrente mais uma onda de infecção antes do esperado, colaborando com a piora do quadro em regiões que já estão estabilizadas.
Quarentena vista como castigo
Parte do insucesso que as medidas de isolamento vem tomando no Brasil se devem ao fato dele ser visto como “castigo” por parte da população, que ainda não entendeu a importância de ficar em casa.
Ao não reconhecer que ficando em casa, o indivíduo colabora com a melhora do quadro de infecção pelo coronavírus no país, se tornou comum encontrar pessoas desrespeitando a quarentena por estarem cansadas de ficar em casa.
Porém, dados atualizados mostram que a taxa de isolamento fica abaixo de 40% em todas as regiões do país, sendo que o número ideal para que as medidas tenham o efeito desejado seria de 70%.
