Nesta segunda-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro afirmou aos seus apoiadores no Palácio da Alvorada que o preço do arroz, alimento que subiu drasticamente de valor nas últimas semanas e movimentou o país de Norte a Sul, tende a voltar à normalidade em breve.
O aumento do preço do arroz acontece devido a mudanças no mercado externo, com aumento das exportações, já no interno, dá-se em vista ao “excesso” de recursos no mercado pelo pagamento de Auxílio Emergencial, aumentando o preço de alguns produtos alimentícios.
Os pagamentos ao Auxílio Emergencial, somam quase R$ 50 bilhões por mês, resultando na inflação de alguns produtos essenciais, devido à demanda, que tem sido grande, já que o brasileiro tem consumido mais alimentos em casa durante a pandemia.

Confira o pronunciamento do presidente no Palácio da Alvorada sobre a alta no arroz.
Bolsonaro fala sobre a alta e dá diretrizes
“Estamos tomando as providências necessárias para voltar à normalidade, abrimos importação de 400 mil toneladas de arroz dos Estados Unidos. Esperamos que a situação se normalize o mais rápido possível”, afirmou o presidente.
Bolsonaro ainda destacou aos apoiadores presentes e a imprensa local, que não vai haver tabelação de preços em nenhum produto e também não fará interferências no mercado, fazendo referência as atitudes tomadas no passado que não deram certo.
Alta do arroz impacta famílias mais pobres
Segundo dados do Indicador de Inflação por Faixa de Renda pelo Ipea, foram constatados que alimentos em domicílio são os grupos de despesas que estão sendo mais pressionados pela inflação, e a alta do arroz impacta diretamente nos mais pobres.
- Arroz: 19,2%;
- Feijão: 35,9%;
- Leite: 23%;
- Ovos: 7,1%.
A alimentação é o recurso que mais tem gasto na cesta de consumo das famílias mais pobres, e no mês de setembro os alimentos subiram 0,78%. Durante o ano, os alimentos importantes para os brasileiros acumulam altas de preços.