A pesquisa em desenvolvimento a pedido da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) divulgou seus resultados no artigo assinado pelos economistas Willian Adamczyk, Leonardo Monasterio e Adelar Fochezatto..
Ela apontou que 20% do total de servidores tem alta propensão à automação, isto é, um em cada cinco servidores públicos do Executivo federal têm ocupações com “elevado potencial” de tarefas prontas a serem substituídas por máquinas nas próximas décadas.
Esse tem sido o primeiro estudo com foco nas possíveis consequências que a automatização pode trazer para o setor público brasileiro. Apesar disso, os resultados não afirmam que tais servidores precisaram ser dispensados ou parem de existir.
Setor público brasileiro em defasagem
A pesquisa parte da defasagem do setor público em relação às tendências de automação do setor privado. Baseando-se na previsão da propensão de automação de cada função do empregado, pois com isso, a produtividade aumenta e os custos no serviço público reduzem.
A conclusão dos economistas no estudo é que funções de 521,7 mil servidores civis do Executivo federal, 100 mil deles estão em ocupações com alta propensão à automação, ou seja, pouco mais de 20%.
Entre as profissões estão técnicos de sistemas audiovisuais, além de servidores da construção civil, como armador, pedreiro, pintor e carpinteiro. O salário médio desses profissionais está abaixo da média de R$ 9.913 para o total de ocupações analisadas.
Ocupações com menores chances de automação
Também foi identificado na pesquisa dos economistas, as profissões que têm pouca chance de serem substituídas por máquinas. São elas as áreas de engenharia, saúde, ciências sociais, educação, perito criminal, biólogo, gerente de serviços de saúde e psicólogo clínico.
Essas atividades envolvem o desenvolvimento de novos materiais, produtos, processos e métodos, como também a interação direta com pessoas. Ademais, suas funções centrais estão relacionadas para o desenvolvimento das próprias tecnologias de automação.
