Durante a corrida para encontrar uma vacina eficiente para os pacientes afetados pela Covid-19, algumas vacinas foram propostas e iniciadas para as suas fases de testes, até que comprovem sua eficácia, e uma delas foi a vacina de Oxford.
O seu andamento estava progredindo, a vacina de Oxford apresentou sucesso nas fases 1 e 2 dos testes, mas agora está em sua terceira e última fase, que envolve uma longa escala de voluntários. E logo nessa, precisou ser interrompida após um paciente anunciar adoecimento.
Esse resultado foi inesperado para a farmacêutica britânica AstraZeneca, a qual está desenvolvendo a ChAdOx1 nCoV-19, nome dado a vacina. A AstraZeneca estava contando os seus experimentos com cerca de 30 mil voluntários.
Vacina é a principal aposta do Ministério da Saúde
A vacina de Oxford é a principal aposta do governo para imunizar a população brasileira, contra o novo coronavírus. O Brasil pretende investir R$ 1,9 bilhão. Sendo R$ 1,3 bilhão para a AstraZeneca, R$ 522,1 milhões em produção de doses pela Fiocruz/Bio-Manguinhos e R$ 95,6 milhões pela tecnologia da Fiocruz.
A Fundação Oswaldo Cruz disse que foi notificada pelo laboratório britânico e que irá aguardar os resultados da investigação para posteriormente fazer uma nota sobre o caso.
Nota da empresa
Nesta terça (8) foi anunciado pela farmacêutica AstraZeneca, a suspensão dos ensaios clínicos com a vacina de Oxford, quando um participante do Reino Unido relatou ter sofrido reações adversas. Essa pausa é temporária, a empresa irá analisar o caso para continuar.
Disse a empresa em nota que a pausa precisa acontecer para que possa ser investigado, e para que ela possa assegurar a manutenção da integridade dos experimentos.
“Estamos trabalhando para acelerar a revisão deste evento pontual, de forma a minimizar qualquer impacto no cronograma de testes “, acrescenta a farmacêutica.
Suspensão da vacina no Brasil
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) é uma das responsáveis em realizar os procedimentos dos testes da vacina de Oxford no Brasil. Ela contabilizou com 5 mil voluntários e informou que nenhum deles apresentaram reações graves de saúde.
Mesmo com o feedback positivo no Brasil, a AstraZeneca prefere suspender em todos os lugares os testes clínicos, para que possa ser feito uma revisão dos dados de segurança por um comitê independente.